17 fev 2025
O INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. realizou, no dia 14 de fevereiro, mais uma edição do ciclo “Manhãs Transformativas”, desta vez dedicada ao tema “A Transformação Digital na Sociedade”.
O evento, que decorreu em formato virtual, contou com a abertura de Rui Santos Ivo, Presidente do Conselho Diretivo do Infarmed, e teve a moderação de Humberto Martins, da Task-Force de Transformação Digital do instituto.
A sessão reuniu dirigentes de diferentes organizações para partilhar experiências e perspetivas sobre a transformação digital nas suas áreas de atuação. Entre os temas abordados, destacou-se a aplicação da digitalização na fiscalização de atividades económicas, a inteligência artificial no setor bancário e na regulação, bem como as iniciativas de inovação colaborativa no sistema de justiça.
Luís Filipe Lourenço, Inspetor-Geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), apresentou vários projetos de transformação digital no âmbito da fiscalização de atividades económicas, destacando os desafios e as oportunidades que a digitalização trouxe ao setor. “Houve um investimento muito grande em 2023 e em 2024 em termos de transformação digital no que toca aos laboratórios da ASAE e equipamentos informáticos, o que nos tem permitido combater a fraude económica e a vantagem económica associada, bem como identificar, por exemplo, ameaças no que toca a questões de saúde de forma muito mais célere”, referiu. “Sempre que há necessidade de contratação de serviços na área da transformação digital, uma preocupação é interoperabilidade. Todos os dados de sistemas antigos devem estar nos sistemas novos, para que não se percam”, acrescentou.
Rosália Rodrigues, Vogal do Conselho Diretivo do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, I.P., apresentou iniciativas de inovação colaborativa e transformação digital na justiça, evidenciando as mudanças que ocorreram nas últimas décadas para tornar os processos mais ágeis e eficientes, centrados nos cidadãos e utilizadores. “Há hoje uma grande aposta nos canais e serviços online e notamos uma grande adesão a este tipo de canais por parte dos cidadãos que servimos”, disse. “Temos tido muitos projetos de transformação digital no Ministério da Justiça. Estamos a entrar nesta nova era que a inteligência artificial nos trouxe. É preciso focar na inovação, mas também nas pessoas, na cocriação e envolvimento de todos”.
Luís Marcos, do Departamento de Sistemas e Tecnologias de Informação do Banco de Portugal, abordou a aplicação da inteligência artificial no setor bancário e na regulação, explorando como estas tecnologias estão a redefinir o panorama financeiro. “Sabemos que a transformação digital inclui pessoas, dados e processos. Mas precisamos de ter os dados organizados. Se acelerarmos um processo ineficiente, vamos acelerar a ineficiência, sendo que a tecnologia só faz sentido se revolver problemas e gerar valor”, realçou. “É preciso combater a resistência à mudança, ou seja, é importante criar uma cultura de transformação e preparar as equipas para essa transformação. Não basta querer inovar, é preciso criar condições certas para que a inovação ocorra. Inovar não é só ter tecnologia, é também mudar a forma como trabalhamos.”, completou.
As “Manhãs Transformativas” são dedicadas a todos os colaboradores do Infarmed, criando um momento de sensibilização, partilha de boas práticas e a capacitação dos colaboradores na transformação digital. Neste âmbito também estão abertas inscrições para a Rede de Experimentação e Inovação e estão já disponíveis acessos de todos os colaboradores a serviços multilingues da União Europeia que recorrem a inteligência artificial.