Esta sessão, no âmbito da Formação Contínua da SRSRA-OF, visou a atualização dos conhecimentos em Insuficiência Cardíaca focando o papel ativo do farmacêutico no seu aconselhamento.
O primeiro dia
de webinar, foi mais teórico, contando com a apresentação da doença, definição
e fisiopatologia, que ficou a cargo de Diana Grangeia, Medical Advisor na Novartis
Portugal, que abordou igualmente a epidemiologia e custos de carga. Analisaram-se
os dados estatísticos associados, constatando-se que Portugal apresenta
uma prevalência muito elevada, 4,36% (Homens – 4,33% e
Mulheres - 4,38%), enquanto que a média nos países desenvolvidos se
encontra entre os valores de 1-2%. Diana Grangeia falou
ainda, sobre o diagnóstico e monitorização dos doentes complementando
a complexidade que esta doença apresenta.
Ainda na primeira
sessão, a Dr. Mónica Condinho farmacêutica na ACF-
Acompanhamento Farmacoterapêutico, Lda, apresentou o tratamento da Insuficiência
Cardíaca e as diferentes classes terapêuticas
utilizadas, focando os seguintes objetivos: melhorar o controlo de
sintomas, capacidade funcional e qualidade de vida; prevenir
o número de hospitalizações associados a esta doença e reduzir
a sua mortalidade. Foi abordado o mais recente algoritmo de 2016
apresentado nas “Guidelines for the diagnosis and treatment of acute and chronic heart failure. European Heart Journal”. Quase a
terminar a primeira sessão, a Dr. Mónica apresentou a combinação terapêutica do
primeiro antagonista do recetor da angiotensina/inibidor
da neprilisina (sacubitril/valsartan). Terminando assim
com a importância da intervenção do farmacêutico na identificação
de novos casos, monotorização e acompanhamento das pessoas
com a doença garantindo a educação e promoção de estilos de vida
saudáveis.
No segundo dia
de webinar, constatou-se uma participação mais ativa por parte dos
farmacêuticos presentes. Foram expostos, pelas preletoras, dois
casos clínicos reais presenciados em farmácia comunitária.
Os participantes tiveram a oportunidade de colocar questões e partilhar
experiências tornando mais rica a discussão programada para a sessão.
Por fim, conclui-se
que o farmacêutico tem um papel fulcral na promoção da adesão à
terapêutica, no controlo dos fatores de risco e no
acompanhamento de co morbilidades e cada vez uma realidade multimorbilidades.