«É uma oportunidade para modernizar a Farmácia Hospitalar», assegurou o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Helder Mota Filipe, na abertura da 17.ª edição do Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH), que decorre entre 28 e 30 de novembro, no Centro de Congressos de Lisboa, sob o lema “Transformar o Amanhã”.
A Sessão de Abertura do XVII Congresso da APFH contou as participações da presidente do Congresso, Manuela Sousa, da presidente da APFH, Patrícia Cavaco, do bastonário da OF, Helder Mota Filipe, da vogal da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Helena Farinha, e da vereadora da Câmara Municipal de Lisboa, Sofia Athayde.
Na sua intervenção, o bastonário da OF enfatizou a capacidade de liderança dos farmacêuticos em áreas emergentes, associadas ao desenvolvimento científico e tecnológico.
«Precisamos diferenciar a intervenção farmacêutica na farmácia hospitalar, assegurando que as opções terapêuticas mais complexas, e geralmente mais dispendiosas, beneficiam de uma intervenção mais qualificada, rentabilizando adequadamente os ganhos em saúde», disse o bastonário.
Helder Mota Filipe destacou o trabalho realizado pela OF em colaboração com IQVIA para recolha, medicação e comparação de dados nos Serviços Farmacêuticos de diferentes unidades hospitalares do país.
«Com este projeto, esperamos implementar um sistema normalizado de medição de resultados das atividades desenvolvidas nos serviços farmacêuticos hospitalares. Instituir uma nova cultura de mediação e registo de atividades e resultados. Só assim conseguimos mostrar o valor da nossa intervenção e da nossa atividade», defendeu.
O representante dos farmacêuticos destacou, igualmente, a escassez de recursos humanos farmacêuticos nos hospitais do SNS. «Sem farmacêuticos não há recursos para as várias atividades desenvolvidas nas farmácias hospitalares. Sem técnicos e auxiliares, não se libertam farmacêuticos para serviços mais diferenciados», insistiu.
Neste âmbito, o bastonário assegurou o compromisso da Ordem com a defesa da integração dos farmacêuticos residentes na Carreira Farmacêutica no SNS, após a conclusão do seu percurso formativo.
O representante dos farmacêuticos apelou à definição de uma estratégia de valorização dos farmacêuticos no SNS.
«É imperativo que o farmacêutico hospitalar seja dignificado. Temos de dar condições e dignidade à profissão. De perceber a injustiça de não rever a tabela salarial de um grupo profissional desde o século passado, desde 1999», sublinhou o responsável da OF, esperando «um desfecho positivo e concreto» para as negociações entre o Ministério da Saúde e o Sindicato Nacional dos Farmacêuticos.