Nos primeiros oito meses de 2021, os utentes gastaram mais 10 milhões de euros na farmácia e compraram menos 200 mil embalagens de medicamentos em comparação com o mesmo período de 2019.
De acordo com a análise do Jornal de Notícias aos relatórios de monitorização mensal do consumo de medicamentos em meio ambulatório, do Infarmed, entre janeiro e agosto deste ano, os utentes pagaram 493,3 milhões de euros na farmácia por 109,3 milhões de embalagens dispensadas. Em igual período de 2019, tinham gasto 483,6 milhões de euros por 109,5 milhões de caixas de medicamentos.
Para Manuela Pacheco, presidente da Associação de Farmácias de Portugal, o aumento da despesa dos utentes está relacionado com “as dificuldades no acesso às consultas médicas [que] levam muitos doentes crónicos a levantar medicação nas farmácias sem receita”. “As farmácias facilitam, com base no histórico do doente, mas tal implica o pagamento dos remédios por inteiro, acrescenta sublinhando que “se conseguirem a receita mais tarde, podem deduzir a comparticipação, mas muitas vezes já passou o prazo ou as receitas não cobrem todos os medicamentos aviados e necessários”.
Segundo o Infarmed, na origem do aumento da despesa poderá estar a introdução de novos medicamentos no mercado, que ainda não têm patente e que por isso são mais caros.
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