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Um incentivo à indústria farmacêutica nacional – Notícias

O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF) foi conhecer os trabalhos de expansão do complexo industrial do laboratório farmacêutico português Bial, nos arredores do Porto, onde será brevemente inaugurada a nova fábrica de antibióticos não injetáveis, com um investimento global de cerca de 30 milhões de euros.

A empresa é um dos maiores empregadores nacionais de recursos humanos farmacêuticos, afetos a múltiplas áreas e departamentos, o que por si só demonstra a polivalência e a elevada abrangência das suas qualificações. Os responsáveis reconhecem o contributo deste grupo profissional para o crescimento que a empresa almejou nos últimos anos, seja na investigação e desenvolvimento de novos fármacos ou na sua disponibilização ao mercado, sob os mais elevados padrões de qualidade, segurança e eficácia.

Foi neste contexto expansionista que o bastonário da OF se
deslocou, no dia 7 de junho, ao polo industrial da Bial, para uma visita à
unidade e contacto com os mais de 100 farmacêuticos que trabalham na empresa –
nas áreas da Produção, Qualidade, Regulamentação, Acesso ao Mercado,
Investigação e Desenvolvimento Farmacêutico, entre outras.

A visita foi conduzida pelos farmacêuticos e demais
responsáveis das diferentes áreas, entre os quais a vice-presidente da OF,
Paula Costa, diretora de Assuntos Regulamentares, a presidente do Conselho do
Colégio de Especialidade de Indústria Farmacêutica da OF, Paula Teixeira,
diretora da Qualidade, e o presidente da Assembleia Regional do Sul e Regiões
Autónomas, João Norte, diretor de Acesso ao Mercado, aos quais se juntou também
o CEO da companhia, António Portela.

A Bial é a companhia farmacêutica a operar em Portugal que
mais investe em I&D, um total de 81.5 milhões de euros em 2021, o que a
coloca também no pódio das empresas que mais apostam em inovação no nosso país.
Os números apresentados ao bastonário, durante a reunião no Conselho de
Administração, traduzem uma aposta anual consistente em I&D, com resultados
evidentes após lançamento de dois novos fármacos (acetato de eslicarbazepina e
opicapona), hoje comercializados nos principais mercados internacionais e que
representam também mais de metade do valor global de faturação da empresa em
2021, na ordem dos 385 milhões de euros. “Todo o nosso crescimento resulta da
inovação”, destacou o CEO da empresa.

O bastonário da OF realçou a importância de uma indústria
farmacêutica nacional forte, quer para o país quer para os doentes. “Esta
visita à Bial justificava-se nem que fosse apenas como reconhecimento da
indústria farmacêutica nacional que tem como base a investigação e
desenvolvimento. Infelizmente, Portugal não tem muitos exemplos”, explicou o
bastonário.

Nesta sua primeira visita à companhia farmacêutica
portuguesa, Helder Mota Filipe fez ainda questão de destacar as funções
diferenciadas dos profissionais que representa. “São quase 20% do universo de
colaboradores da empresa. Estão nas mais diversas áreas industriais, desde a
investigação à distribuição, com uma atividade de suporte fundamental para os
colegas das áreas assistenciais”, acrescenta.

Para o bastonário, o país precisa de apoiar o crescimento e
desenvolvimento deste setor estratégico para a economia nacional, com
importante peso para o equilíbrio da balança comercial. “Não basta dizer que
queremos mais ensaios clínicos em Portugal. Temos de criar condições atrativas
para que as empresas promotoras comecem a centrar também estas suas atividades
nos centros clínicos nacionais”, defende o bastonário.

“É uma área absolutamente determinante. Para a economia,
para o desenvolvimento dos profissionais e para os doentes que podem assim
aceder a terapêuticas altamente diferenciadoras e inovadoras”, disse ainda.

A visita à Bial terminou com uma reunião no auditório do
complexo industrial com a grande maioria dos colaboradores farmacêuticos da
empresa.

Aos colegas, o
bastonário expressou também o reconhecimento público da OF pelo seu contributo
para o crescimento e internacionalização da empresa. Helder Mota Filipe apelou
ao envolvimento de todos nas atividades da sua Ordem profissional, mas deu
particular enfase à diferenciação profissional, através da especialização, da
aquisição de novas competências ou de doutoramento, lembrando que “a Academia
precisa dos profissionais para ajudar a formar os futuros colegas de acordo com
a realidade do mercado em que vão atuar”.

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