O Fórum Regional do Centro das Ordens Profissionais (FoRCOP), presidido atualmente pela presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Farmacêuticos (SRC-OF), Lúcia Santos, organizou as suas jornadas anuais, no dia 9 de maio, no Convento de São Francisco, em Coimbra. Na abertura do evento, a responsável da OF salientou o papel das Ordens, enquanto promotoras do pensamento crítico e do diálogo social, contribuindo para o fortalecimento das profissões e para uma sociedade mais consciente, informada e coesa.
“A Inteligência Artificial e as Profissões” foi o tema deste ano Jornadas do FoRCOP, que juntaram cerca de uma centena de participantes e profissionais de cada uma das Ordens representadas nesta estrutura, procurando promover o debate e o confronto de ideias, reflexão e a análise critica do impacto que a IA trará para o futuro das profissões.
A sessão de abertura contou com a participação de Lúcia Santos, presidente da SRC-OF, que este ano preside ao FoRCOP, do presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, à qual se seguiu a conferência inicial, intitulada “Desafios para a Ciência e Tecnologia no Mundo Global”, proferida pelo físico Carlos Fiolhais.
O primeiro painel do evento, moderado pela professora universitária e investigadora, Ana Elisabete Ferreira, intitulado “IA – Uma bênção ou uma maldição”, contou com os contributos de Pedro Vieira Alberto, diretor do Laboratório de Computação Avançada da Universidade de Coimbra, e do filósofo e professor universitário, de João Maria André.
No painel seguinte, denominado “A Saúde é mais importante que a Beleza. IA e Inteligência Humana: coexistência ou conflito?” e moderado por Leila Sales, da Ordem dos Enfermeiros, e Salomão Rocha, Ordem dos Médicos Dentistas, registaram-se as intervenções de Maurício Alves, da Ordem dos Enfermeiros, Nuno Lages, da Ordem dos Farmacêuticos, e Tiago Taveira Gomes, médico, professor universitário e investigador integrado do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, no grupo AI4Health – Inteligência Artificial na Saúde.
Durante a tarde, o debate esteve centrado na IA e mundo das artes, com um painel intitulado “Arte e Algoritmo. A morte do artista?”, moderado por Florindo Belo Marques, da Ordem dos Arquitetos, e Pedro Alves Loureiro, da Ordem dos Advogados, que registou as participações de Nuno Lopes, fotógrafo, e dos músicos José Cid e Mário Mata, que apresentaram uma composição musical inédita.
O último painel de debate do evento, com o tema “Juíz-Robô, Algoritmo Milionário e Professor Virtual: Um Futuro Sem Humanos?”, foi moderado por Teresa Letras, da Ordem dos Advogados, e Manuel Gaspar, da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução, contando com as participações de Rui Assis, CEO de uma empresa do ramo financeiro, e da ex-ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.
Na conferência final, presidida pela presidente do FoRCOP e da SRC-OF, Lúcia Santos, o ex-ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, abordou o impacto, os desafios e as questões éticas da IA.