A preparação dos sistemas digitais públicos e privados é um desafio de longa duração e um trabalho em permanente atualização, que deve começar por “capacitar as pessoas para mudar comportamentos”, defendeu Jéssica Domingues, coordenadora da Unidade de Cibersegurança da SPMS, na conferência “Desafios da Cibersegurança”, que decorreu em Lisboa, ontem, dia 6 de março.
Para Jéssica Domingues, a vertente humana continuará a ser “o elo mais fraco na proteção dos ativos digitais”. No que toca à segurança dos dados de saúde, é necessário que, do ponto de vista de processos, tecnologias e pessoas, sejam implementadas medidas de segurança resilientes, robustas e proporcionais ao risco. É igualmente importante a participação em fóruns e grupos de colaboração, como é o caso dos Centros de Análise e Partilha de Informação ou ISAC – Information Sharing and Analysis Centers. Neste âmbito, a SPMS, integra o ISAC da saúde em Portugal, o H-ISAC, a nível europeu, e o Health-ISAC a nível global, sediado nos EUA.
Do debate ficou a mensagem de que modelos de organização da segurança nas empresas, transversais e com abordagens holísticas, consciencialização das pessoas, dentro e fora das organizações e na sociedade em geral, e investimento específico são fatores-chave para garantir a segurança de todas as pessoas.
O debate juntou vários especialistas, de diferentes setores, na reflexão sobre as constantes mutações das ciberameaças e o permanente estado de alerta das entidades, bem como a urgência de garantir a segurança dos perímetros digitais das empresas e das infraestruturas críticas dos países.
Promovida pela Noesis e com o Jornal Expresso como media partner, a conferência contou ainda com a participação de Mário Campolargo, secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, que apontou a literacia digital da população como elemento essencial na resposta aos desafios da cibersegurança.