Em Portugal, o financiamento público da despesa em saúde está entre as percentagens mais baixas da União Europeia, segundo o relatório “Health Systems in Transition (HiT)” elaborado pelo Instituto de Medicina Tropical, divulgado no dia 27 de abril, retratando o sistema de saúde português.
Segundo o relatório, o financiamento público da despesa em saúde em Portugal corresponde a 64,7%, enquanto a média da UE é de 76%, considerando o sistema de saúde português como “um dos mais eficientes da Europa, pela melhoria da esperança de vida e da contenção da despesa total”, sobretudo por restrição de preços e custos.
O relatório concluiu que o mercado e sector farmacêutico, houve uma descida significativa dos preços desde 2011 devido à revisão de taxas de distribuição em referência com os outros países incluídos na Internaltional Reference Pricing. A despesa com medicamento vendidos em farmácias desceu cerca de 12% entre 2011 e 2015, resultado de “uma grande descida dos preços” dos fármacos e da promoção de medicamentos genéricos, o que contrabalançou com um aumento do consumo geral.
Ema Paulino, presidente da Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas da Ordem dos Farmacêuticos, esteve presente na apresentação do HIT e sobre a conclusão de que os portugueses são dos europeus que vivem menos tempo saudáveis depois dos 65 anos de idade, salientou o problema da falta de informação sobre eficácia da medicação e falta de adesão às prescrições, alertando que não é possível continuar a olhar para os medicamentos só como um custo a discussão central a que se tem assistido no país. O relatório indica que apesar dos portugueses serem dos europeus com maior esperança média de vida à nascença, o número de anos saudáveis depois dos 65 anos não vai além dos 5,6 anos no caso das mulheres e de 6 9 anos nos homens, quando a média europeia é de 8,6anos.
Consulte aqui o relatório Health Systems in Transition (HiT) para saber mais sobre as conclusões apresentadas.