Foi apresentado na 6.ª Conferência “Sustentabilidade na saúde 4.0 – Investimento em saúde e impacto na vida laboral”, um estudo desenvolvido pela Nova Information Management School (Nova IMS), da Universidade Nova de Lisboa, sobre a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde.
De acordo com o estudo, o financiamento do SNS em 2016, subiu 3,1% e a despesa cresceu 1,2%, menos do que tinha acontecido em 2015. Se em 2015 o financiamento do SNS se tinha ficado nos 8,65 mil milhões de euros (mais 0,4%), no ano passado este valor subiu 3,1% para os 8,93 mil milhões de euros.
Em declarações à agência Lusa, Pedro Simões Coelho, investigador da Nova IMS, explicou que o índice de sustentabilidade teve pela primeira vez um crescimento significativo, que resulta de um crescimento da atividade estimado em 1,6%.
“É um SNS mais produtivo do que era, a atividade cresceu mais do que a despesa, é um sistema que com a mesma despesa consegue ter nível de qualidade significativamente superior”, sublinhou o investigador. Para os autores do estudo, a eficácia do SNS, que tinha baixado entre 2014 e 2015, aumentou no ano passado, subindo para 71.1 pontos (+0,9).
O índice de sustentabilidade é calculado tendo em conta não só a qualidade dos cuidados de saúde na ótica dos cidadãos, como também os indicadores disponíveis sobre a qualidade técnica do SNS, a atividade registada e a despesa.
Na conferência, esteve presente o vice-presidente da OF, João Norte.