A reunião contou igualmente com a participação do subdiretor-geral da Saúde, André Peralta Santos, da chefe de equipa da Unidade de Vacinas, Imunização e Produtos Biológicos da DGS, Natália Pereira, do chefe de Divisão de Literacia, Saúde e Bem-Estar da DGS, Manuel Arriaga, do secretário-geral e secretária-geral adjunta da OF, Ricardo Santos e Diana Costa, respetivamente.
No âmbito da vacinação, o dirigente da OF reiterou as preocupações expressas quando foram anunciados os termos da campanha que se iniciará no próximo dia 20 de setembro, nomeadamente, a alteração que impede o acesso à vacinação gratuita da população com 85 ou mais anos nas farmácias comunitárias.
Tendo em conta a proximidade das farmácias comunitárias à população e o seu importante contributo ao nível do acesso à vacinação, o bastonário solicitou esclarecimentos sobre os fundamentos desta decisão, particularmente impactante para um grupo populacional que apresenta, frequentemente, mobilidade reduzida.
Não obstante as alterações que vão ocorrer nesta época vacinal, a diretora-geral da Saúde garantiu que não colocam em causa a cobertura vacinal neste grupo etário, que apresenta maior risco de doença grave por gripe e COVID-19.
Os responsáveis da OF explicaram também as ações em curso para a próxima campanha de vacinação sazonal, como a revisão da formação disponibilizada pela OF e informação atualizada sobre a vacinas utilizadas, bem como a atualização e promoção da Competência Farmacêutica em Administração de Vacinas e Medicamentos Injetáveis junto dos diretores técnicos de farmácias e dos farmacêuticos comunitários.
Ainda no âmbito da vacinação, os farmacêuticos manifestaram disponibilidade para integrar novas estratégias de vacinação no adulto, junto de cidadãos migrantes ou em contexto de proteção temporária, por exemplo, com importantes benefícios em termos de acesso, adesão e cobertura vacinal.
Em discussão estiveram ainda os novos serviços de dispensa de medicamentos hospitalares em proximidade e da profilaxia pré-exposição ao VIH, onde a Ordem reforçou que este serviço deve ser efetuado, em exclusivo, por farmacêuticos, no âmbito da farmácia comunitária, tendo em conta as questões inerentes à dispensa destes medicamentos.
Por fim, foi destacado o papel relevante, que tem vindo a ser documentado, sobre a dinamização de campanhas de saúde pública e ações de rastreios por farmacêuticos, bem como a disponibilidade da Ordem em colaborar nestas matérias e em questões relacionadas a atividade profissional dos farmacêuticos e, de um modo particular, no contexto do acesso ao medicamento e produtos farmacêuticos.
Os responsáveis da Ordem consideraram a reunião muito positiva, de entreajuda na missão de cada uma das entidades, destacando o compromisso e disponibilidade dos farmacêuticos comunitários para cumprir as metas e programas de saúde coordenados pela DGS, particularmente no âmbito da vacinação e outras campanhas de sensibilização na área da Saúde.