O Conselho Nacional de Saúde (CNS) publicou um relatório com as perspetivas, consensos e contributos dos conselheiros e das entidades representadas nesta estrutura sobre a implementação e desenvolvimento de sistemas de informação de saúde.
O relatório identifica o Registo de Saúde Eletrónico pessoal único como eixo central de um sistema de informação de saúde ao serviço das pessoas. «O acesso à informação pessoal de saúde deve ser autorizado pelo seu titular aos profissionais que lhe prestem cuidados, segundo perfis de acesso e utilização específicos, ajustados às competências do profissional e aos objetivos dos cuidados», defendem os autores.
Vários farmacêuticos estiveram envolvidos na elaboração do relatório do CNS, que contou também com os contributos da Ordem dos Farmacêuticos.
Em 2022, o CNS identificou como prioritária a área dos sistemas de informação em saúde. A complexidade do tema e a transição da presidência do CNS levaram a que os trabalhos decorressem ao longo de 2023 e 2024.
O relatório agora publicado apresenta uma visão sobre a arquitetura e o desenvolvimento integrado do sistema de informação de saúde, sistematizando as suas principais dimensões, as necessidades e expectativas expressas pelos utilizadores e as preocupações, constrangimentos e dificuldades de desenvolvimento nos diferentes contextos de cuidados e de utilização da informação de saúde.
O documento aponta o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o Espaço Europeu de Dados de Saúde (EEDS) e as possibilidades abertas pela transição digital com utilização da Inteligência Artificial (IA) em larga escala como oportunidades para o desenvolvimento destes sistemas.
No final do relatório são apresentadas 12 recomendações que sintetizam as preocupações manifestadas pelo CNS.