A primeira abordagem ao tema da edição deste ano esteve a cargo das farmacêuticas Fernanda Ralha, do Infarmed, e Paula Teixeira, da Bial, que falaram sobre qualificações pessoais e serialização. Também o presidente do Colégio fez uma primeira apresentação sobre a revisão das Normas para Atribuição do Título de Especialista em Indústria Farmacêutica. Nuno Moreira esclareceu as principais dúvidas dos colegas sobre a atribuição da especialidade e explicou a articulação com o novo modelo de atribuição de competências farmacêuticas, cujo regulamento promove uma distinção clara entre competências transversais e competências específicas associadas a este ramo da atividade farmacêutica.
O primeiro dia de trabalhos terminou com uma visita ao Mosteiro da Batalha, num dos momentos culturais organizados pelo Colégio, que potenciou também o convívio e networking entre profissionais do setor.
O segundo dia foi preenchido com diversas apresentações relacionadas com a atividade e com as responsabilidades dos farmacêuticos de indústria. Durante a manhã, voltaram a ser focadas as qualificações e também os processos de validação, com intervenções sobre boas práticas de fabrico e a melhoria contínua, por exemplo. Na parte da tarde, o painel debruçou-se sobre a excelência operacional, com abordagens aos processos de registo eletrónico de lotes, aumento de produtividade e práticas de melhoria contínua.
Antes do encerramento do evento, houve ainda lugar para uma apresentação sobre as novas gerações de profissionais, bem como para a entrega do prémio ao melhor póster apresentado nesta edição da RACI, com o título “O Papel do Kaizen na Eficiência Operacional da Indústria Farmacêutica” da autoria da farmacêutica Ana Brízio. Nota ainda para a distinção do “patrocinador mais fiel”, a empresa Primanota, à qual foi entregue um recordação pela sua participação na RACI, desde a primeira edição.
Presente no encerramento da Reunião, a bastonária da OF destacou o caráter inovador da indústria farmacêutica e o seu importante impacto na economia nacional. Ana Paula Martins apelou ao desenvolvimento de competências específicas dentro do novo enquadramento previsto no Regulamento para Atribuição de Competências Farmacêuticas, de forma a valorizar o profissional de indústria, e garantiu também o empenho da OF na defesa dos farmacêuticos como profissionais mais qualificados para exercício de cargos de direção técnica e qualified person na indústria farmacêutica.