A Ordem dos Farmacêuticos (OF) concluiu o recenseamento dos farmacêuticos que desejam integrar a primeira fase da vacinação contra a COVID-19, tal como previsto no Plano de Vacinação para todos os profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados a doentes.
O levantamento realizado pela OF registou a participação de 8.051
farmacêuticos, a esmagadora maioria (7.881) com critérios para vacinação nesta
primeira fase, por exercerem em áreas profissionais com atividades
assistenciais – farmácia comunitária, farmácia hospitalar e/ou análises
clínicas.
Entre estes, estão quase 300 farmacêuticos do Serviço Nacional de
Saúde que ainda não foram vacinados pelos Serviços de Saúde Ocupacional ou
pelas Administrações Regionais Saúde, no caso dos farmacêuticos que estão nos
cuidados de saúde primários, continuados ou em laboratórios clínicos
convencionados.
“Estão ainda por vacinar quase 8.000 mil farmacêuticos, fundamentalmente
farmacêuticos que trabalham nas farmácias comunitárias e parafarmácias
espalhadas pelo País”, alerta a Bastonária, Ana Paula Martins.
“Não se compreende também como existem ainda farmacêuticos por
vacinar nos nossos hospitais. São profissionais de saúde com funções e
responsabilidades essenciais para a atividade hospitalar, pelo que não parece
razoável vacinar prioritariamente pessoal administrativo ou até em teletrabalho
e discriminar este importante grupo profissional”, denuncia ainda a Bastonária.
A task-force responsável pela coordenação e implementação
do Plano de Vacinação contra a COVID-19 solicitou a colaboração das Ordens
profissionais na identificação dos membros que pretendem integrar a primeira
fase da vacinação contra a COVID-19.
A Ordem vai enviar à task-force uma lista atualizada e
validada de farmacêuticos comunitários para planeamento e agendamento da
vacinação. “Com o País em pleno confinamento e em estado de emergência, estes
colegas garantiram, sempre, o acesso das populações aos medicamentos e meios de
diagnóstico, com elevada proximidade, em muitos casos até mesmo no domicílio
dos utentes, ajudando muitos portugueses a resolver os atuais constrangimentos
no acesso aos cuidados de saúde”, destaca a Ana Paula Martins.
“Estamos numa fase decisiva para a coordenação do Plano de
Vacinação, com a nomeação de um novo responsável. Esperamos um planeamento
rigoroso e critérios transparentes, mas também organização, método e respostas
claras sobre quando e onde vão estes farmacêuticos ser vacinados, conforme
previsto nos critérios de prioridade”, conclui a Bastonária.