O estudo desenvolvido pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), em colaboração com a consultora PwC, revela que os ensaios clínicos são uma das atividades com maior retorno de investimento do país. O trabalho refere as principais barreiras ao seu desenvolvimento no nosso país e aponta medidas para colocar Portugal no radar do investimento em investigação clínica. De acordo com os autores, o país pode aumentar 3,7 vezes o número de ensaios clínicos por um milhão de habitantes, o que corresponde à realização de 506 ensaios clínicos por ano.
A Apifarma divulgou os resultados do estudo “Ensaios
Clínicos em Portugal”, uma atualização ao trabalho desenvolvido em 2012, que
analisa a atividade dos ensaios clínicos a nível nacional.
No período compreendido entre estes dois trabalhos, o número
de ensaios clínicos em Portugal registou uma evolução positiva: em 2017, o
número de ensaios clínicos submetidos por um milhão de habitantes foi de 13,3,
sem que tenha, no entanto, sido ainda possível alcançar os valores de 2006
(15,2).
Os ensaios de fase 3 são os que continuam a ter maior
expressão em Portugal, estimando-se que representem cerca de 55% do número
total de ensaios clínicos submetidos em 2017. Adicionalmente, Portugal
apresenta um valor residual de ensaios da iniciativa do investigador (7% do
total).
O estudo procura compreender a importância desta atividade
em termos económicos, identificar as principais barreiras ao seu desenvolvimento
e sistematizar um conjunto de propostas concretas para ultrapassar as
limitações identificadas, tendo em conta as melhores práticas adotadas em
países de referência.
Como principais fatores competitivos, o estudo identifica
como vantagens de realizar ensaios clínicos em Portugal a elevada capacidade de
trabalho, competência dos investigadores e a alta qualidade dos dados
produzidos.
Consulte o estudo “Ensaios Clínicos em Portugal”.