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Portugal com uma das maiores delegações no Congresso Mundial da FIP – Notícias

O 80.º Congresso Mundial da FIP decorreu entre os dias 18 e 22 de setembro, em Sevilha, em paralelo com 22.º Congresso Nacional Farmacêutico, organizado pelo Conselho Geral dos Colégios Oficiais de Farmacêuticos (CGCOF) de Espanha, registando elevada participação de farmacêuticos portugueses, com um total de 66 participantes.


Reunido antes do início dos trabalhos do Congresso, o Conselho da FIP elegeu um novo presidente, o farmacêutico comunitário australiano Paul Sinclair, sucedendo ao suíço Dominique Jordan. No discurso de abertura, o presidente ainda em funções desafiou o setor farmacêutico a “criar mais planos compreensivos para gerir melhor as crises em saúde que podem estar no horizonte, não apenas futuras pandemias, mas também urgências resultantes de problemas globais como a hipertensão, obesidade, resistências antimicrobianas e fraco acesso à vacinação”.




A FIP está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, em particular com o Objetivo 3 – Saúde e bem-estar para todos, mas sublinhou o impacto da COVID-19 nos serviços de saúde e na saúde mental.




Para o presidente da FIP, a pandemia demonstrou que “os farmacêuticos e as farmácias são parte integrante de um sistema de saúde que funcione bem” e que a profissão sofreu avanços sem precedentes, expandindo a sua ação para prestar mais serviços – de acordo com a FIP, a vacinação em farmácias está agora disponível em pelo menos 40 países e territórios, mais 20 do que em 2016.




Ainda durante a sessão de abertura do Congresso, foram premiados e homenageados farmacêuticos de vários países, entre os quais a farmacêutica portuguesa Andreia Bruno-Tomé, com o galardão FIP Fellowship, que reconhece membros individuais que serviram a organização, evidenciando forte capacidade de liderança, e que se distinguiram e contribuíram para desenvolvimentos na prática ou ciência farmacêutica.




O programa do evento registou também a participação de vários farmacêuticos portugueses como oradores convidados. Luís Lourenço, presidente da SRSRA-OF e secretário profissional da FIP, moderou uma sessão para partilha de experiências e lições aprendidas durante a pandemia de COVID-19. A farmacêutica comunitária Cátia Caneiras integrou o painel de discussão da sessão dedicado às resistências antimicrobianas e a presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Ema Paulino, participou no painel de discussão sobre o contributo da farmácia para a saúde inclusiva, tendo sido também uma das oradoras da sessão sobre novos modelos de financiamento de serviços farmacêuticos. A farmacêutica e investigadora Sónia Romano, do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde da ANF presidiu um painel dedicado à escassez de medicamentos.




Da participação nacional no evento da FIP resultou ainda a distinção de dois trabalhos apresentados sob a forma de póster. “Patient preferences and cost-benefit of Hypertension and Hyperlipidemia collaborative management model between pharmacies and primary care in Portugal: a discrete choice alongside a trial (USFarmácia)”, do Instituto de Saúde Baseado na Evidência (ISBE), e “The impact of
community Pharmacies on regional equity access to professional rapid antigen
testing for SARS-CoV-2 in Portugal
”, do CEFAR, foram distinguidos com o primeiro e terceiro lugar, respetivamente.

A proximidade geográfica justifica a elevada participação farmacêuticos portugueses no evento, que foi uma das maiores delegações estrangeiras presentes em Sevilha. A OF esteve representada no evento pelo bastonário, que esteve acompanhado por outros dirigentes nacionais, regionais e dos colégios de especialidade, tendo promovido um encontro com os farmacêuticos congressistas lusófonos, que juntou cerca de 60 profissionais numa unidade hoteleira sevilhana.


O 80.º Congresso Mundial da FIP fica ainda marcado pela aprovação de um novo quadro de competências para a formação contínua de farmacêuticos e de outras resoluções, uma sobre o serviço de testagem em farmácias e outra relacionada com a garantia da qualidade em farmácia e na educação farmacêutica.

O documento intitulado “FIP global competency framework for educators and traniers in pharmacy” define, pela primeira vez, um conjunto de competências e procedimentos para apoiar os formadores no desenvolvimento profissional contínuo dos farmacêuticos, estando divido em seis categorias: education, training and development; research, evaluation and scholarship; expert professional practice; working with others; management, strategy and planning; leadership.

The role of pharmacy professionals in point-of-care testing” é também o título de uma nova declaração publicada pela FIP durante o Congresso Mundial que decorreu em Sevilha. O documento realça o vasto leque de testes rápidos que podem ser realizados em farmácias para o diagnóstico de doenças como a COVID-19 ou VIH/sida e para monitorizar parâmetros associados doenças crónicas (colesterol e glicémia, por exemplo).

A FIP propõe o financiamento público, bem como por seguros de saúde privados, de serviços de testagem em farmácias e que os farmacêuticos tenham acesso aos registos de saúde eletrónica de modo a partilhar os resultados com os restantes profissionais e sistema de saúde.

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