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Parlamento ouviu peritos e agentes com responsabilidades na vacinação – Notícias


A Comissão Parlamentar de Saúde, por requerimento do PCP e PS, promoveu uma audição pública sobre o surto de sarampo e vacinação, em que participaram vários especialistas e agentes com responsabilidades nesta área, entre os quais a Ordem dos Farmacêuticos (OF). A bastonária esteve acompanhada pela farmacêutica Paula Abreu, dos Serviços Farmacêuticos da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), que testemunhou a realidade sobre o abastecimento de vacinas nos cuidados de saúde primários e as competências dos farmacêuticos na gestão dos produtos vacinais.

A audição juntou no Parlamento entidades como a
Direção-Geral da Saúde, a Direção-Geral da Educação, o Instituto Nacional de
Saúde Dr. Ricardo Jorge, as Ordens dos Enfermeiros, dos Farmacêuticos e dos
Médicos, sociedades científicas, associações setoriais, médicos pediatras e de
saúde pública, entre outros.

Na intervenção inicial, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas,
explicou que as pessoas infetadas no presente surto de sarampo “desenvolveram
uma forma modificada da doença e não transmitem”. Além disso, realçou que 80% dos
casos de infeção estavam vacinados com duas doses, razão pela qual se tem vindo
a questionar a necessidades de mais uma dose de reforço da vacina contra o
sarampo.

“Neste momento, está muita gente a pensar em fazer mais
um reforço contra o sarampo”, frisou a diretora-geral, no entanto, “até agora
não há evidência científica de que isto deva ser feito”.

Entre as entidades convidadas para esta audição esteve a
OF, representada pela bastonária e a pela farmacêutica Paula Abreu, da ARSLVT.
Esta responsável começou por realçar a responsabilidade dos profissionais de
saúde na manutenção dos níveis de confiança das populações em torno das vacinas
incluídas no Plano Nacional de Vacinação (PNV).

Paula Abreu destacou também o papel dos farmacêuticos que
trabalham nos cuidados de saúde primários na gestão, no controlo de qualidade e
na segurança dos produtos vacinais.

Uma das preocupações elencadas por esta responsável está relacionada
com produção de vacinas a nível mundial, tendo sublinhado que se trata de um
bem cada vez mais escasso. Segundo adiantou, nos próximos 15 anos é expectável
que o fabrico de vacinas esteja abaixo das necessidades dos diferentes países.

Os farmacêuticos envolvidos na gestão do circuito das
vacinas incluídas PNV têm preocupação constante com a logística associada à sua
distribuição pelos centros de saúde e locais de vacinação.

Paula Abreu confirmou que a ARSLVT não tem problemas de
financiamento para esta rubrica em concreto, nem se registam ruturas de stock e falhas de vacinas. O stock atual de vacinas da ARSLVT, revelou aos deputados, ascende às 36.590
doses, distribuídas pelos quase 4.000 locais de vacinação abrangidos pela
ARSLVT, sendo que o consumo médio mensal é de cerca de 7.800 doses, o que assegura
o fornecimento para quase cinco meses.

Esta especialista referiu-se também aos horários dos locais
de vacinação, referindo a existência de realidades distintas. Em algumas
regiões do país, pode justificar-se um alargamento dos horários, no entanto as
medidas a adotar neste domínio devem ser adequadas às especificidades locais.

No final da audição, a bastonária recordou a relevância do Sistema
Nacional de Farmacovigilância para o reforço da confiança e da segurança das
vacinas e também como informação de suporte às hesitações vacinais que possam existir
em Portugal.

Clique aqui
para rever a audição na Comissão de Saúde.

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