A Ordem dos Farmacêuticos, a Direção-Geral da Saúde, a Sociedade Portuguesa de Diabetologia, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal e a AstraZeneca Portugal subscreveram a versão portuguesa da Declaração de Berlim, um documento elaborado no âmbito da iniciativa internacional “Ação Precoce na Diabetes”, que visa promover o desenvolvimento de ações locais tangíveis para a prevenção da diabetes.
O Compromisso foi assinado à margem de um encontro sobre a diabetes, organizado no dia 27 de outubro, na Embaixada do Reino Unido em Portugal, e reconhece o papel fundamental dos vários profissionais de saúde dos próprios doentes e dos decisores políticos na abordagem à doença.
Entre as iniciativas previstas, está a colaboração com o projeto de promoção e educação para a saúde nas escolas desenvolvido pela OF, a Geração Saudável, abrangendo a expansão territorial, o desenvolvimento de conteúdos científicos, a produção de ferramentas e materiais didáticos e de estratégias de divulgação conjuntas.
A colaboração estende-se também ao Projeto Não à Diabetes, que pretende evitar que 50 mil pessoas com elevado risco desenvolvam diabetes no prazo de cinco anos, intervindo através de um plano específico de prevenção dirigido à promoção da saúde e à adoção de estilos de vida saudáveis (alimentação e atividade física), e identificar, no mesmo período de cinco anos, 50 mil pessoas com diabetes que desconhecem ter a doença, promovendo a sua inclusão no sistema nacional de saúde, para que haja um apropriado controlo e acompanhamento das manifestações da doença.
Os signatários assumem também o compromisso de desenvolver uma campanha nacional de sensibilização para a adoção de estilos de vida saudáveis, em colaboração com outras instituições da área da saúde, envolvendo o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável e o Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física.
A disponibilização de consultas de nutrição e acompanhamento às pessoas com “pré-diabetes” e diabetes nas diversas instituições prestadoras de cuidados de saúde e a melhoria da monitorização da doença, através da normalização e integração dos sistemas de informação, nomeadamente entre diferentes níveis de cuidados e entre instituições públicas e privadas, são outros dos objetivos descritos no documento.
Manter a colaboração ativa no Projeto Não à Diabetes, que tem como objetivos evitar que 50 mil pessoas com elevado risco desenvolvam diabetes no prazo de cinco anos, intervindo através de um plano específico de prevenção dirigido à promoção da saúde e à adoção de estilos de vida saudáveis (alimentação e atividade física) e identificar, no mesmo período de cinco anos, 50 mil pessoas com diabetes que desconhecem ter a doença, promovendo a sua inclusão no Sistema Nacional de Saúde, para que haja um apropriado controlo e acompanhamento das manifestações da doença.
A diabetes é o principal flagelo de saúde pública a nível mundial, um problema multifatorial, difícil de combater, em parte resultante do progresso sócio-económico da humanidade. Se nada de significativo for feito, o número de diabéticos no mundo aumentará quase 50% entre 2015 e 2040, com impacto direto na despesa associada e nos anos de vida perdidos ou severamente comprometidos.
Em Portugal o cenário não é mais animador. Dados de 2015 revelam que existe mais de um milhão de portugueses com diabetes, com um custo estimado equivalente a 1% do PIB e 12% da despesa com Saúde, em 2015. O número de pessoas com glicémia intermédia ou “pré-diabetes”, ultrapassa os 2 milhões e estes números não param de aumentar.