A profissão farmacêutica conta com 119 novos farmacêuticos especialistas. Apesar das condicionantes e do esforço acrescido imposto pela pandemia de COVID-19, estes farmacêuticos conseguiram prosseguir o exigente percurso de desenvolvimento profissional e especialização, que em muitos casos durou mais de um ano, e que culminou ontem, dia 14 de dezembro, com a entrega do título de especialista da Ordem dos Farmacêuticos (OF), numa cerimónia realizada em Lisboa.
Atualmente, a profissão regista 3.361 farmacêuticos especialistas, com os Colégios de Especialidade de Análises Clínicas (937), Farmácia Comunitária (934) e Farmácia Hospitalar (933) a apresentar maior representatividade. Indústria Farmacêutica (390), Genética Humana (221) e Assuntos Regulamentares (167) completam as seis especialidades farmacêuticas atribuídas pela OF.
Nos últimos dois anos, a época de exames e candidaturas sofreu algumas alterações, devido às restrições impostas pela pandemia, sem, contudo, impedir a conclusão do processo e a atribuição de vários títulos nas especialidades de Farmácia Hospitalar (56), Farmácia Comunitária (32), Indústria Farmacêutica (20), Assuntos Regulamentares (9) e Análises Clínicas (2).
Entre estes estão quase seis dezenas de farmacêuticos especialistas em Farmácia Hospitalar e Análises Clínicas, cuja especialidade não é atualmente reconhecida pelo Ministério da Saúde, por uma lacuna legislativa já denunciada pela OF, que impede o acesso destes farmacêuticos à sua carreira no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
À margem da cerimónia de entrega de diplomas, a bastonária reiterou o descontentamento da OF e destes farmacêuticos face à injustiça que estão a sofrer. “Farmacêuticos com uma especialidade que foi sempre reconhecida pelo Ministério da Saúde, com elevadas responsabilidades nos serviços farmacêuticos hospitalares e vasta experiência em todas as valências da sua atividade são hoje marginalizados no reconhecimento do seu título”, denunciou a bastonária.
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