A Ordem dos Farmacêuticos foi uma das entidades distinguidas pelo Infarmed com o Prémio de Boas Práticas, na categoria de Projetos, pelo seu envolvimento e dinamização do projeto TARV II, para dispensa de medicamentos para o VIH/sida às farmácias comunitárias. A distinção abrangeu também os restantes parceiros do projeto – Infarmed, Centro Hospitalar de Lisboa Central, Associação Nacional das Farmácias, Associação das Farmácias de Portugal e Associação de Distribuidores Farmacêuticos.
A cerimónia de entrega dos Prémios de Boas Práticas Infarmed
25+ decorreu no dia 15 de janeiro, no auditório da autoridade reguladora, em
Lisboa, como culminar do programa das comemorações dos seus 25 anos.
Durante o evento foram distinguidas várias personalidades, instituições,
empresas, serviços de saúde e projetos promotores de boas práticas na área da
farmácia e do medicamento, entre os quais diversos farmacêuticos e empresas
ligadas ao setor (listagem em anexo).
O projeto TARV arrancou formalmente no final de 2016, dando
cumprimento a uma medida prevista no programa do Governo, que previa a “valorização
do papel das farmácias comunitárias enquanto agentes de prestação de cuidados,
apostando no desenvolvimento de medidas de apoio à utilização racional do
medicamento e aproveitando os seus serviços, em articulação com as unidades do
Serviço Nacional de Saúde (SNS), para nelas ensaiar a delegação parcial da
administração de terapêutica oral em oncologia e doenças transmissíveis”.
Desde então, a OF tem vindo a certificar a formação e as
competências dos farmacêuticos para prestação deste serviço.
De acordo com os resultados de um estudo realizado pelo Centro
de Estudos de Medicina Baseada na Evidência (CEMBE) da Faculdade de Medicina da
Universidade de Lisboa, pelo Centro de Estudos Aplicados (CEA) da Universidade
Católica Portuguesa e pelo Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR) da Associação
Nacional das Farmácias a maioria dos utentes (79%) integrados no projeto deslocou-se
“a pé” até à farmácia onde levantava a medicação, o que não aconteceria se
a dispensa fosse realizada na farmácia hospitalar.
Comparando o tempo médio para estas deslocações,
verifica-se um ganho de quase 30 minutos, tendo sido reportado tempos de
deslocação até à farmácia de 12 minutos e de 46 minutos até ao hospital. Também
o tempo de espera para atendimento foi menor nas farmácias comunitárias, de 5
minutos, comparado com 16 minutos quando a dispensa era realizada nos
hospitais.