A Ordem dos Farmacêuticos acompanha, desde o primeiro momento, o caso noticiado sobre a perda de cerca de 600 doses de vacinas contra a COVID-19 no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), no dia 26 de janeiro.
Durante
estes dias e até ao momento, a Ordem dos Farmacêuticos não recebeu qualquer
contacto formal do Conselho de Administração, que iniciou um processo de
inquérito interno para apurar responsabilidades, tal como não recebeu qualquer
queixa, reclamação ou denúncia sobre a atuação de profissionais eventualmente
envolvidos neste caso.
A
Ordem dos Farmacêuticos disponibiliza apoio jurídico a todos os seus membros e,
neste contexto, acompanha as diligências em curso no âmbito do processo de
inquérito instaurado pelo CHTS.
A
Ordem dos Farmacêuticos lamenta a condenação pública a que está a ser sujeita a
farmacêutica responsável pela farmácia hospitalar, sem que sejam ainda
conhecidas as conclusões do processo de inquérito ou outras averiguações em
curso.
Além
de pôr em causa o princípio de presunção de inocência, esta atuação é
reveladora de incapacidade de liderança, ao permitir que seja responsabilizado
individualmente, e de forma prematura, um dos colaboradores do Hospital por
problemas que resultam também de um sistema sobrecarregado, com recursos
limitados e, em muitos casos, obsoletos ou até de eventuais carências e
ineficiências já reportadas hierarquicamente.
Lisboa,
2 de fevereiro de 2021
A
Ordem dos Farmacêuticos