Nos cuidados de saúde primários são avaliados indicadores como o acesso ao médico de família, consultas médicas e de enfermagem, acompanhamento de utentes com doenças crónicas e cuidados de prevenção. Nos cuidados continuados são analisados tempos espera para vagas nas diferentes tipologias de unidades e respetiva duração dos internamentos.
Os relatórios agora publicados pela ERS referem o impacto negativo da pandemia de COVID-19 em 2020, embora com uma tendência de recuperação em 2021 na maioria dos indicadores.
Nos cuidados de saúde primários, os dados da ERS indicam que quase 90% dos utentes inscritos têm médico de família atribuído. O volume de consultas médicas e de enfermagem presenciais diminui acentuadamente, por oposição às consultas não presenciais, que registam forte aumento desde 2020.
O relatório revela vários indicadores sobre consultas médicas não programadas e atendimento de situações agudas. Por outro lado, revela a diminuição de consultas da gripe, diabetes, recém-nascidos, vigilância oncológica.
O relatório da ERS sobre a RNCCI indica que a maioria da população reside a menos de uma hora de um ponto da rede. A principal dificuldade de acesso está, no entanto, relacionada com o tempo para obtenção de vaga, que é mais acentuado nas unidades de convalescença das regiões Norte, Centro e Alentejo.
A duração do internamento excede a duração prevista em cada tipologia de unidade, condicionando o tempo de espera até obtenção de vaga. Deste modo, a capacidade de resposta para admitir novos utentes em tempo útil está correlacionada com o número de altas e vagas existentes em cada momento.
Consulte aqui o Relatório de Monitorização de Acesso a Cuidados de Saúde Primários e o Relatório de Monitorização de Acesso à Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.