Os farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) iniciam hoje uma nova paralisação, como forma de protesto pela desvalorização da profissão e das condições em que exercem a atividade nos hospitais do SNS.
continuam a denunciar a falta de diálogo com o Ministério da Saúde, que motivou
a primeira paralisação no final de julho e que justifica também as paralisações
agora agendadas para os dias 5 de setembro (em sete distritos do país e nas
regiões autónomas), 12 de setembro (em 11 distritos da região norte e centro) e
19 de setembro (em todo o país e regiões autónomas).No pré-aviso de greve apresentado pelo Sindicato Nacional dos
Farmacêuticos (SNF) são enumeradas várias razões para o descontentamento dos
profissionais com vínculo ao SNS, desde questões contratuais, salariais e de
progressão na carreira, a matérias relacionadas com as condições em que exercem
a profissão.
Entre as reivindicações está o reconhecimento pelo
Ministério da Saúde dos títulos de especialista atribuídos pela Ordem dos
Farmacêuticos, num processo que coloca sérios entraves à contratação de novos
farmacêuticos pelas unidades de saúde do SNS. Recordam também a necessidade de
regularizar a lacuna legislativa que impede o acesso à especialidade, através
da Residência Farmacêutica, por farmacêuticos contratados após 1 de março de
2020.
O protesto dos farmacêuticos denuncia ainda a falta de
recursos para dar resposta à complexidade de atividades que estes profissionais
desenvolvem nos hospitais portugueses. O comunicado do sublinha a “precariedade,
falta de estabilidade e más condições de trabalho nos serviços farmacêuticos” e
aponta como consequência a “falta de segurança” no circuito do medicamento hospitalar.
Apesar de garantidos os serviços mínimos, o presidente do SNF
admite que todo o sistema venha a “sofrer atrasos”, dando como exemplo a
dispensa em ambulatório de medicamentos hospitalares ou as preparações
farmacêuticas para cirurgias.
Consulte o pré-aviso
de greve do SNF para mais informações.