Vários farmacêuticos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) têm dado conhecimento à Ordem dos Farmacêuticos (OF) dos pedidos de exclusão de responsabilidade apresentados ao respetivo conselho de administração. Juntando aos pedidos apresentados nas semanas anteriores por farmacêuticos do Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP) e do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, são várias dezenas de profissionais que alertam para a falta de condições materiais, logísticas e de recursos humanos nos Serviços Farmacêuticos hospitalares.
Muitos dos pedidos apresentados pelos farmacêuticos do CHUC estão suportados na minuta de exclusão de responsabilidade disponibilizada pela OF.
O bastonário da OF reiterou a solidariedade da instituição com estes colegas, advertindo publicamente para a “situação muito, muito complicada que se vive nos serviços farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde”. “Não se consegue tratar doentes sem medicamentos e não se consegue ter acesso aos medicamentos no hospital sem os serviços farmacêuticos, com os farmacêuticos no número adequado, com empenho adequado e a trabalhar com as condições adequadas”, lembrou.
Oiça as declarações do bastonário da OF à Rádio Observador e à TSF.
Veja abaixo as declarações do bastonário da OF à SIC Notícias.
À falta de recursos na farmácia hospitalar, acrescem as injustiças provocadas pelas condições de acesso e equiparação à Residência Farmacêutica, que exclui várias dezenas de farmacêuticos por questões processuais e prazos legais que não foram sequer cumpridos na regulamentação.
O bastonário tem insistido também junto do Governo, partidos políticos e demais autoridades com responsabilidades na gestão de recursos humanos no SNS para a urgência na revisão da regulamentação da Residência Farmacêutica, tendo apresentado há cerca de três meses uma proposta de revisão do diploma.
Quase duas centenas de farmacêuticos e outros profissionais de saúde assinam e subscrevem um manifesto enviado às autoridades e decisores políticos a pedir a alteração do regime jurídico da Residência Farmacêutica (Decreto-Lei n.º 6/2020, de 24 de fevereiro).
Propõem um conjunto de soluções para repor a equidade na atribuição, equiparação e reconhecimento das especialidades atribuídas pela OF e pelo Ministério da Saúde, através da Residência Farmacêutica.
Consulte o Manifesto “Equidade no acesso à Residência Farmacêutica: por cuidados farmacêuticos de qualidade”.