Num estudo da DECO PROTESTE, foram visitadas 100 farmácias
portuguesas onde foi pedido um antibiótico para cão, sem apresentar receita do
veterinário. Foi possível adquiri-lo em 38 delas. Nas restantes 62 farmácias
visitadas, não foi possível comprar o medicamento pretendido. A maioria
informou que se tratava de um antibiótico e, como tal, não poderia ser vendido
sem receita médica, aconselhando ainda a consultar o veterinário.
O estudo publicado na revista Teste Saúde, realizado
pela DECO PROTESTE, associação de defesa do consumidor, pretende alertar para o
potencial de a prática de venda ilegal de antibióticos sem receita médica
contribuir para o aumento do número de bactérias resistentes, que põem em risco
a vida humana por não responderem aos tratamentos convencionais.
“Restringir o uso de antibióticos às situações em que são indispensáveis, tanto
no Homem como em animais, é um passo crucial para travar as resistências. A
venda indevida é apenas uma parte do problema.”, pode ler-se no artigo que
pretende alertar para a resistência das bactérias e os perigos que tal pode
trazer à saúde humana e animal.
A Ordem dos Farmacêuticos, juntamente com a Ordem dos Veterinários, estão já a
trabalhar conjuntamente em medidas para ultrapassar a venda de alguns
antibióticos sem receita médica.