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Louvor pelos contributos na vacinação contra o HPV – Notícias


A Ordem dos Farmacêuticos (OF) foi uma das entidades agraciadas pelo Ministério da Saúde com um louvor público pelo “trabalho meritório na vacinação contra infeções por vírus do papiloma humano (HPV)”. A distinção foi publicada ontem em Diário da República e entregue, de forma simbólica, pela nova ministra da Saúde à bastonária da OF, durante uma cerimónia comemorativa do 10.º aniversário da vacinação contra o HPV, realizada no Museu dos Coches, em Lisboa. Ana Paula Martins realçou que este reconhecimento é dirigido a todos os farmacêuticos portugueses, em especial a todos aqueles que, junto da comunidade, sensibilizam e apelam à vacinação seja contra o HPV seja nas restantes vacinas incluídas e não incluídas no Plano Nacional de Vacinação (PNV).

De acordo com os números divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS), foram completamente vacinadas durante este período cerca de 750 mil jovens raparigas, com idades entre os 11 e 26 anos de idade, o que corresponde a 86% da população elegível para a vacina.

A vacina contra as infeções por HPV foi a primeira vacina destinada especificamente ao combate de doenças oncológicas, nomeadamente do cancro do colo do útero. Cerca de 90% deste tipo de cancros podem ser prevenidos pela vacinação, mas a doença é ainda uma das principais causas de morte entre jovens mulheres, sendo o segundo tipo de cancro mais comum em mulheres entre os 15 e os 44 anos. 

Portugal é considerado um exemplo de sucesso a nível mundial, mas as autoridades consideram importante continuar a fazer advocacia pela vacina.

Presente no encerramento da sessão que comemorou o aniversário da vacinação, o Presidente da República agradeceu a todos os que contribuíram para o “sucesso de Portugal” na prevenção do HPV nestes dez anos.

Marcelo Rebelo de Sousa saudou a presença de anteriores ministros da Saúde na cerimónia, elogiando a “aquilo que foi uma política definida e consistentemente aplicada”. Na sua opinião, “houve sucesso porque houve a exata noção da prioridade da intervenção pública neste domínio”.

“Mas era preciso mais. Era preciso haver continuidade institucional. E essa continuidade institucional está representada pela participação de vossas excelências, sucessivos ministros desta pasta, que são um símbolo também de como, mudando os governos, não mudou uma prioridade nacional”, realçou o Presidente.

Para o Chefe de Estado, o desafio agora deverá ser alargar o rastreio e a vacinação aos homens, e fazê-lo rapidamente, conforme defendem os especialistas.

“Eu pergunto-me se não será de pensarmos numa outra fase. E essa outra fase tem a ver com a noção que temos hoje de que este problema não é só um problema de mulheres, é também um problema de homens, e com um âmbito etário que é um pouco mais vasto do que aquele que se tinha pensado”, expôs.

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