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Laboratório Militar comemorou centenário – Notícias


O Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF) assinalou esta sexta-feira os 100 anos da sua criação. Foi a 16 de fevereiro de 1918, ainda durante a 1ª Grande Guerra Mundial, que as Forças Armadas portuguesas criavam uma estrutura para apoiar a logística farmacêutica no esforço de guerra. O episódio foi recordado pelo Presidente da República durante a sessão solene comemorativa, em que participou também o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e que juntou vários anteriores diretores do Laboratório Militar, sempre dirigido e servido pelo quadro de oficiais farmacêuticos do Exército.

Logo à chegada ao edifício do Laboratório Militar, na
zona da oriental da cidade de Lisboa, o Presidente da República e a diretora do
LMPQF, Margarida de Sá Figueiredo, descerraram a placa comemorativa do
centenário, dirigindo-se depois ao o Auditório Coronel Farmacêutico Ernesto
Enes, onde decorreu a sessão solene comemorativa.

 A diretora do Laboratório homenageou todos os que serviram
e ajudaram a construir estes 100 anos de história. Margarida de Sá Figueiredo
recordou as atividades desenvolvidas na unidade central e nas diferentes sucursais,
mencionando também as parcerias estabelecidas com a sociedade civil e com a
Academia, que ajudam ao cumprimento da missão e projetos desenvolvidos pelo
LMPQF.

Também o ministro da Defesa saudou os militares e personalidades
presentes, destacando a importância do veto do anterior Presidente da República
à extinção do LMPQF. Para Azeredo Lopes, o Laboratório Militar pode ter um
papel cada vez mais importante para as áreas da Defesa e da Saúde, assumindo-se
como uma reserva estratégica do País.

 O Presidente da República destacou também, na sua
intervenção, o “papel insubstituível” desta unidade do Exército, que conjuga as
Ciências Militares e Farmacêuticas. Marcelo Rebelo de Sousa apresentou vários exemplos
da intervenção do LMPQF, destacando o facto de ser a “única instituição farmacêutica
com capacidade produtiva, analítica e logística”.

 No final destas intervenções, o Chefe de Estado entregou
à diretora do LMPQF as insígnias de Membro Honorário da Ordem Militar de Avis,
com que agraciou a instituição.

O Presidente da República visitou também a exposição alusiva
ao centenário do LMPQF, patente num dos edifícios contíguos e que reúne materiais,
aparelhos, fotografias e exemplares de peças utilizadas durante estes 100 anos
de atividade do Laboratório e em farmácias de campanha criadas nas operações
militares.  

O dia ficou também marcado pela publicação de um Despacho
em Diário da República que autoriza o LMPQF a produzir oito medicamentos que “deixaram
de ser produzidos pela indústria farmacêutica pelo seu baixo custo e/ou por
serem utilizados em quantidades reduzidas”. Esta foi uma das conclusões do
grupo de trabalho criado há cerca de um ano pelos Ministérios da Saúde e da
Defesa Nacional, cabendo agora ao LMPQF e ao Infarmed, no prazo de 90 dias,
apresentar uma “proposta com as alterações legislativas necessárias”.

O Exército, após o parecer do Infarmed, deverá
apresentar, num prazo de 120 dias, um plano para a “modernização das condições”
de infraestruturas do Laboratório Militar para possibilitar a produção e
armazenamento dos oito medicamentos. O plano deve identificar o calendário e as
“fontes de financiamento e da programação financeira da modernização do
Laboratório” e, em colaboração com o ministério da Saúde, apresentar “no prazo
de 120 dias, o modelo de negócio”, incluindo a “forma da relação contratual”
entre as duas instituições.

O Governo estima que serão necessários “investimentos na
ordem dos 16,75 milhões de euros” durante dois anos.

Entre os medicamentos que poderão ser produzidos estão um
medicamento para a Doença de Wilson, um anti-inflamatório, um corticosteróide e
um modificador biológico que normaliza o crescimento do cabelo.

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