O “Debate Legislativas – Prioridades para o ecossistema farmacêutico e da saúde” organizado pela APJF esta segunda-feira, dia 27 de setembro, foi a primeira iniciativa realizada pelos novos órgãos sociais da associação desde que assumiram funções, a 15 de fevereiro.
O novo representante dos jovens farmacêuticos, Lucas Chambel, começou por apresentar as propostas identificadas no “Livro Branco – Visão dos jovens farmacêuticos para a década”, que foram depois comentadas pelo presidente da Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas da OF, e secretário profissional da Federação Internacional Farmacêutica (FIP), Luís Lourenço, e pela presidente da Associação de Dermatite Atópica Portugal (Adermap), Joana Camilo.
Seguiu-se um debate com representantes dos principais partidos candidatos às Eleições Legislativas 2024, durante o qual foram discutidas as “prioridades para o ecossistema farmacêutico e da saúde”.
No final do evento, o bastonário da OF saudou a iniciativa da APJF e a presença dos representantes partidários, manifestando a disponibilidade da instituição para sensibilizar os decisores, as autoridades, os parceiros e sociedade em geral para um conjunto de propostas livres de qualquer corporativismo, que refletem as prioridades para o sistema de saúde, para os doentes, enquanto destinatários dos serviços prestados pelos farmacêuticos.
O bastonário enumerou algumas propostas enviadas pela OF a todos os partidos políticos com assento parlamentar, tendo em vista a cobertura e assistência farmacêutica em todo o território nacional, e que serão também apresentadas ao próximo Governo, logo que inicie funções.
Helder Mota Filipe alertou para a necessidade de avaliar o impacto da reorganização e integração dos cuidados hospitalares e cuidados primários nas Unidades Locais de Saúde, nomeadamente no que diz respeito ao circuito do medicamento, e de melhorar a integração de unidades de saúde dos setores privado e social com o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O bastonário entende que o próximo Executivo deve estabelecer um plano para contratação de recursos humanos farmacêuticos, técnicos de farmácia, assistentes operacionais, auxiliares e outros profissionais, que permita cumprir com os rácios mínimos de farmacêuticos para as diferentes atividades desenvolvidas nos Serviços Farmacêuticos Hospitalares e nos Serviços de Patologia Clínica.
A Ordem tem vindo também a defender também desenvolvimentos tecnológicos para integração dos sistemas informáticos dos serviços farmacêuticos hospitalares e das farmácias comunitárias, promovendo uma verdadeira articulação e comunicação entre as equipas multidisciplinares. Este investimento permite alargar a colaboração dos farmacêuticos a outros serviços, como a administração outras vacinas do Plano Nacional de Vacinação (ex: tétano, difteria, entre outras), intervenção em situações clínicas ligeiras que aliviem os cuidados de saúde primários e hospitalares, preparação individualizada da medicação, com prescrição médica e comparticipação pelo SNS.
Para o bastonário, o ciclo político que se inicia após o dia 10 de março deve estar suportado no diálogo permanente com os parceiros sociais, para implementação das melhores soluções para o sistema de saúde português e para garantir o acesso, a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde prestados a todos os cidadãos.