O Infarmed vai publicar um conjunto de recomendações terapêuticas que pretendem “contribuir para uma prescrição mais racional e com melhor qualidade”. A autoridade reguladora informa que serão abordadas “áreas onde surjam novas evidências científicas e comprovadas tendências de tratamento menos adequadas, como sejam o sobre ou o subtratamento ou ainda a opção por medicamentos menos indicados a uma determinada condição clínica”. A primeira publicação editada debruça-se sobre a prescrição de estatinas, indicadas para o tratamento da hipercolesterolemia para a prevenção de doenças cérebrocardiovasculares.
    
Segundo revela o Infarmed, existem nessa classe terapêutica estudos que têm demonstrado que “todas as estatinas têm o mesmo efeito terapêutico, não se justificando o recurso a alternativas mais dispendiosas, nomeadamente as que ainda não têm genérico”.

“Se metade dos doentes tratados com medicamentos que não têm genérico passassem a utilizar outras estatinas com genéricos, seria possível obter uma poupança de 25 milhões de euros num total de 119 milhões de euros despendidos em 2015. Só os doentes poupariam 13 milhões de euros anuais. Para o SNS, haveria uma redução de 28% relativo a um encargo de 43 milhões de euros”, refere o Infarmed.

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