A Federação Internacional Farmacêutica (FIP) apresentou durante o 78º Congresso Mundial de Farmácia e Ciências Farmacêuticas os resultados do maior estudo retrospetivo sobre a força de trabalho em farmácias de todo o mundo. O trabalho tem por base os dados fornecidos por organizações membro de mais de 75 países, projetando, até 2030, um crescimento até 40% da força de trabalho nas farmácias.
O relatório “Pharmacy workforce intelligence: Global trends”
(aqui)
mapeia a capacidade da força de trabalho farmacêutica a nível global e o seu
crescimento em regiões e países com diferentes níveis económicos.
Os resultados indicam que países com menores rendimentos tiveram
um crescimento mais lento, pelo que os autores alertam para um aumento contínuo
da disparidade entre países de com rendimentos diferentes.
Outras tendências importantes descritas no relatório incluem
um aumento constante na proporção de mulheres na força de trabalho de farmácia,
prevendo-se, até 2030, que 72% do total da força de trabalho farmacêutica será feminina.
Os autores sugerem que este dado se deve se tornar um fator
significativo para o planeamento da força de trabalho em muitos países.
A Organização Mundial de Saúde previu uma escassez de 18
milhões de profissionais de saúde em países de baixos e médios rendimentos. “O
relatório fornece uma contribuição significativa para uma melhor compreensão
das desigualdades persistentes na capacidade da força de trabalho na força de
trabalho farmacêutica global. É um ponto de partida para um trabalho mais
focado para iniciar discussões sobre abordagens baseadas em necessidades, de
acordo com as estratégias da Organização Mundial da Saúde”, disse o autor do
estudo, o professor Ian Bates.