FIP atualiza relatório sobre vacinação nas farmácias – Notícias


A Federação Internacional Farmacêutica (FIP) publicou um novo relatório sobre o impacto e contributo dos farmacêuticos para a cobertura vacinal, com o título “An overview of pharmacy’s impact on immunisation coverage: a global survey”.

O trabalho, que atualiza a investigação conduzida pela FIP
desde 2016, avalia diferentes aspetos da imunização liderada por farmacêuticos,
incluindo atividades de promoção da vacinação, estruturas regulamentares, administração de
vacinas, modelos de reembolso, formação, registos de vacinação e barreiras à expansão
da prática farmacêutica na administração de vacinas.

Participaram neste relatório quase uma centena de países,
sendo o mais abrangente estudo publicado até ao momento sobre o tema da vacinação
nas farmácias.

Segundo o relatório, as farmácias comunitárias oferecem a
possibilidade de vacinação a cerca de 1,8 mil milhões de pessoas em todo o
mundo. As amostras do estudo iniciado em 2016 e deste novo estudo são
diferentes (45 entrevistados em 2016 e 99 em 2020), existindo 40 países e
territórios que participaram em ambas as edições. Neste grupo, existiam 18
países com vacinação em farmácias em 2016 e 23 em 2020, o que corresponde a um
aumento de 28%.

A vacinação em farmácia está disponível em, pelo menos, 36
países, estando ainda em desenvolvimento noutros 16. Foram reportados um total
de 36 tipos de vacinas administradas em farmácias, sendo as vacinas da gripe,
da hepatite B e do tétano as mais comuns, mas a lista inclui ainda as vacinas
para sarampo, malária, infeções pneumocócicas e herpes zoster.

O relatório também destaca uma disparidade entre países com
maiores rendimentos. As vacinas em farmácias estão disponíveis em 47% dos Países de Alto Rendimento (n=43), em comparação com apenas 11% dos Países
de Baixo Rendimentos (n=28).

“Este relatório revela que o papel dos farmacêuticos na
imunização continuou a crescer, mas muito mais poderia ser feito. Foram
demonstrados inúmeros benefícios, incluindo maior acessibilidade e cobertura de
vacinas, em países onde os farmacêuticos têm autoridade para administrar
vacinas. Toda a evidência suporta a eliminação de várias barreiras legislativas
e regulamentares. Devemos agora abordar outras questões importantes, como a
comparticipação”, disse a CEO da FIP, Catherine Duggan.

“Os farmacêuticos são especialistas em medicamentos,
prestadores de serviços de saúde de primeira linha e membros integrais das
equipas de saúde. A expansão dos seus serviços de vacinação aumentará as suas
contribuições para a saúde pública. Encorajo os países atualmente sem vacinação
a trabalhar com a FIP e as suas organizações-membro para implementar uma
estratégia que leve às mudanças necessárias para a saúde de todos”, afirmou
Duggan.

Pode consultar o relatório “An overview of pharmacy’s impact on immunisation coverage: a global survey”, e o respetivo infográfico.

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