Desde que a pandemia se instalou no País, em março de 2020, que as farmácias comunitárias têm estado na linha da frente no combate à COVID-19, em estreita articulação com os centros hospitalares e as unidades de saúde, contribuindo para a saúde, bem-estar e segurança dos seus utentes.
Ao longo desse período, as farmácias comunitárias assumiram não só as suas naturais funções no que respeita à dispensa de medicamentos, prevenção da doença, promoção da saúde e aconselhamento farmacêutico, como também asseguraram a prestação de um conjunto de serviços excecionais. Tudo isto num contexto particularmente atípico e difícil.
Com o funcionamento dos centros de saúde e dos hospitais fortemente condicionado pela necessidade de priorizar o atendimento à COVID-19, o acesso a consultas e exames foi muito dificultado e os próprios utentes revelaram também resistência a procurarem esse tipo de assistência.
As farmácias comunitárias tornaram-se assim importantes aliadas para estes utentes, algo particularmente relevante no caso dos doentes crónicos, já que lhes têm garantido não só aconselhamento na gestão da sua doença como a própria renovação da medicação. Através da flexibilização de algumas disposições, tornou-se possível aos farmacêuticos renovarem a terapêutica destes doentes e, desta forma, garantir a continuidade do acesso aos medicamentos sujeitos a receita médica, evitando que tivessem de se deslocar às unidades de saúde para renovar o respetivo receituário.
Para garantir que todas as pessoas que estavam impossibilitadas de se deslocar a uma farmácia tivessem acesso à sua medicação, as farmácias comunitárias passaram ainda a disponibilizar o serviço de entrega de medicamentos ao domicílio, contribuindo para a segurança e a comodidade dos utentes.
Outro dos serviços disponibilizados nas farmácias durante o atual contexto de foi a dispensa de medicamentos hospitalares. Esta medida permitiu que os utentes não tivessem de se deslocar aos hospitais para conseguirem obter a medicação de que necessitam. Desta forma, os utentes puderam articular com a farmácia comunitária (à sua escolha) a dispensa dos medicamentos necessários.
No âmbito do combate à pandemia, as farmácias também têm dado o seu contributo através realização de testes à COVID-19, ajudando assim a identificar e a travar a propagação deste novo coronavírus.
Durante este período, as farmácias assumiram novas responsabilidades, através de uma resposta integrada e de proximidade, que permite por um lado melhorar o acesso, a segurança e a comodidade dos utentes, e, por outro, contribuir para o descongestionamento dos cuidados de saúde primários e hospitalares.