Uma em cada cinco farmácias é alvo de ações de penhora ou de insolvência. Ao todo, são 549 farmácias – 18,7% das farmácias portuguesas – que, em fevereiro de 2016, se encontravam numa destas suas situações.
Entre dezembro de 2012 e fevereiro deste ano, o número de farmácias com processos de penhoras ou de insolvência aumentou, respetivamente, 100,6% e 208,2%, registando-se um total de 181 farmácias que são alvo de penhoras e 127 em insolvência.
O panorama é transversal a todos os distritos do País, embora mais acentuado em Portalegre, com 32,6% das farmácias com ações de insolvência e penhora, Guarda (25,4%) e Setúbal (25,1%). No entanto, em 18 distritos do País verifica-se a existência de mais de 10% das farmácias com este género de ações.
Ainda de acordo com os dados da ANF, o montante global da dívida litigiosa das farmácias aos distribuidores grossitas era de quase 265 milhões de euros no final do ano passado, um valor ao qual acrescem 16,8 milhões de euros de pagamentos em atraso, em fase pré-litigiosa.
Embora se verifique uma ligeira melhoria nestes indicadores face ao ano passado, a evolução ao longo dos últimos cinco anos demonstra as dificuldades económicas e os problemas de sustentabilidade que afetam o sector – entre dezembro de 2010 e dezembro de 2015, o número de farmácias com fornecimentos suspensos aumentou 281% e o número de farmácias com processos judiciais para regularização de dívidas subiu 253%