Os farmacêuticos que colaboram com a Linha SNS24 foram confrontados com a alteração das suas responsabilidades e enquadramento profissional.
O bastonário da OF manifestou a preocupação da instituição com a desvalorização técnica e científica dos serviços prestados pelos farmacêuticos que estão ao serviço da Linha SNS24.
O diretor de operações e serviços a cliente da Meo DOS | HCS – Healthcare Customer Services, Artur Costa, sublinhou a elevada satisfação e nível de desempenho dos farmacêuticos que têm vindo a colaborar com a Linha SNS24 e assegurou o envio urgente de um esclarecimento a todos os farmacêuticos com perfil sénior, manifestando também a intenção de continuar a contar com a colaboração destes profissionais no serviço.
O responsável da Meo prestou um conjunto de esclarecimentos sobre os motivos que levaram à alteração do enquadramento destes profissionais, justificado com o fim do período transitório definido pelo Despacho n.º 13807/2024, publicado no âmbito do Plano para a Resposta Sazonal em Saúde no inverno 2024/2025.
Foram também partilhados os próximos passos que a empresa gestora da Linha SNS24 vai tomar para esclarecer os colaboradores farmacêuticos, tendo sido acordada uma colaboração entre as duas organizações na reestruturação da Linha SNS24.
A OF enviou também à secretária da Estado da Gestão da Saúde e à presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde um pedido de esclarecimentos sobre as funções assumidas pelos farmacêuticos na Linha SNS24.
A Ordem considera que qualquer alteração nas responsabilidades dos farmacêuticos carece de esclarecimento quanto aos critérios utilizados para a definição e atribuição dos perfis profissionais, bem como relativamente ao processo e às competências técnicas e científicas destes perfis.
Acresce ainda a necessidade de avaliação da mais-valia da intervenção destes farmacêuticos e o seu contributo para a capacidade de resposta da linha SNS24.
Para a Ordem, a definição de perfis profissionais deve refletir de forma objetiva e justa a qualificação, a experiência e impacto dos profissionais na resposta em saúde. “A ausência de fundamentação transparente, técnica e baseada no perfil profissional e científico para esta reclassificação contribui para o sentimento de injustiça e desrespeito pela dignidade profissional e competência técnica dos farmacêuticos”, considera o bastonário.