A Apifarma divulgou os resultados de um estudo encomendado à consultora Deloitte que faz um diagnóstico ao (des)abastecimento do mercado farmacêutico nacional em Portugal no presente ano. Os resultados indicam que a generalidade das farmácias enfrenta problemas relacionados com a falta de medicamentos, que afeta mais de metade dos seus utentes.
De acordo com a informação disponibilizada pela Apifarma, o número de utentes afetados com a indisponibilidade de medicamentos nas farmácias portuguesas aumentou 10 pontos percentuais, entre 2013 e 2016, para 56%.
A generalidade das farmácias inquiridas neste trabalho referiu ter sentido falhas no fornecimento de medicamentos este ano, com 87% das respostas a responsabilizarem a falta de medicamentos na cadeia de abastecimento (laboratório/ armazenista). Quase metade (44%) das falhas de abastecimento reportadas pelas farmácias têm uma duração superior a 48 horas.
O problema tem-se agravado com a redução constante dos preços dos medicamentos, que tornam a produção menos atrativa para o mercado português, segundo 69% dos responsáveis pelas farmácias inquiridas. Uma em cada cinco farmácias atribui, por isso, as faltas de medicamentos à exportação paralela.
No inquérito realizado aos utentes, 97% das respostas referiram que o principal condicionante no acesso à terapêutica foi a indisponibilidade de medicamentos nas farmácias. Perante este cenário, 82% dos utentes preferiram regressar mais tarde à mesma farmácia para adquirir o fármaco em falta.
Apesar da ligeira melhoria no tempo de reposição dos produtos na farmácia, opinião partilhada por utentes e farmácias, cerca de 47% dos utentes que voltaram à farmácia tiveram de aguardar mais de 14 horas.
Clique aqui para aceder ao estudo da Deloitte para a Apifarma.