Estratégia para as especialidades de Análises Clínicas e de Genética Humana – Notícias

A OF vai reforçar a aposta na
diferenciação e qualificação dos farmacêuticos analistas clínicos.

A nova estratégia da instituição para um dos ramos profissionais
com maior expressão no seio da profissão farmacêutica passa por dinamizar a
formação, as competências e as especialidades de Análises Clínicas e de
Genética Humana e reforçar a intervenção destes profissionais no domínio da
Saúde Pública, agora em absoluta evidência, depois de quase três anos com um
papel determinante no combate à pandemia e na prevenção do contágio pelo
SARS-CoV-2.

A OF tem constatado uma diminuição sustentada do número de
farmacêuticos que exercem nesta área. Hoje, são a quinta área profissional
farmacêutica e representam cerca de 10% do número total de farmacêuticos a
exercer no nosso país (num universo de 16 mil farmacêuticos ativos em
exercício). Esta realidade afeta também o rejuvenescimento e a renovação
geracional dos profissionais, pelo que a OF entendeu oportuno iniciar uma
discussão e debate interno sobre as competências dos farmacêuticos destas áreas,
tendo em conta os desafios atuais do setor e as necessidades do sistema de
saúde.

O resultado materializa-se num conjunto de princípios e ações
que a OF propõe que sejam desenvolvidas ao longo dos próximos meses e que têm
como ponto de partida a caracterização dos farmacêuticos que exercem esta
atividade no nosso país, em articulação com as entidades que supervisionam,
regulam e representam esta área profissional.

A sólida formação académica de base dos farmacêuticos, tanto nos
domínios da farmacologia como das tecnologias de saúde, confere uma vantagem
competitiva em relação aos demais profissionais com outras qualificações que
com ele partilham o mesmo espaço laboratorial.

Esta diferenciação reveste-se de particular importância para o
desenvolvimento e consolidação de novas valências nas análises clínicas, pelo
que a OF pretende também promover formações em áreas emergentes, como a
biologia molecular, genómica e farmacogenómica, proteómica, medicina
personalizada, preditiva e de precisão ou em técnicas para identificar e
monitorizar biomarcadores associados a tratamentos com fármacos inovadores ou
medicamentos biológicos.

A implementação desta estratégia é uma responsabilidade de todos,
a começar pelos farmacêuticos especialistas em análises clínicas e em genética
humana. A OF espera envolver ainda as universidades, laboratórios, serviços de
análises clínicas, institutos públicos e demais entidades dos setores privado,
social e militar, que devem também continuar a apostar numa atividade
eminentemente farmacêutica, que fornece informação essencial para as decisões
clínicas.

Ao logo dos anos, os farmacêuticos especialistas em análises
clínicas têm desenvolvido um trabalho de complementaridade e de parceria com os
médicos patologistas clínicos, que se tem revelado de grande importância por
contribuir para a promoção e consolidação de um serviço de excelência na área
laboratorial.

Embora a equiparação entre as
duas especialidades esteja consagrada em Lei, verificam-se ainda assimetrias no
seu reconhecimento, que justificam a intervenção e o recurso a mecanismos
legais que garantam a equidade entre estes profissionais, nomeadamente no
acesso e disponibilização de vagas nas respetivas carreiras do Serviço Nacional
de Saúde.

Consulte a “Estratégia para as Especialidades de Análises Clínicas e de Genética Humana“.




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