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Espanha: distribuição de medicamentos hospitalares em farmácias comunitárias economiza custos – Notícias


A coordenação da dispensação de medicamentos de ambiente hospitalar nas farmácias comunitárias economiza custos para o sistema de saúde e para os utentes. Esta é a mensagem clara que se pode extrair de um estudo do Conselho Geral de Colégios de Farmacêuticos e do Colégio Oficial de Farmacêuticos de Cantábria, em Espanha, que foi publicado no jornal Global & Regional Health Technology Assessment. Os dados refletem que só no Hospital Universitário Marqués de Valdecilla se gerou uma poupança de 30.205 euros evitando o envio por correio, e, do ponto de vista social, para os doentes, a iniciativa significou uma poupança de 23.309 euros, graças às viagens (8.907 euros) e perdas de produtividade evitadas (14.402 euros).

A pandemia de COVID-19 causou pressão nos cuidados de saúde
nos hospitais que forçou o lançamento de novos serviços de saúde, incluindo a
colaboração entre serviços farmacêuticos hospitalares e farmácias comunitárias
para a entrega de medicamentos hospitalares. Assim, em Cantábria, foi realizada
uma experiência piloto de continuidade de cuidados farmacêuticos de utentes de
ambulatório hospitalar, através de uma ação conjunta de todas as farmácias
comunitárias, três hospitais e três armazéns de distribuição. O objetivo desta
experiência foi evitar a deslocação dos utentes ao hospital e consequentemente
os possíveis riscos associados, garantindo a todo o momento a supervisão e
custódia de um farmacêutico.

Concluído o projeto piloto, o objetivo deste trabalho de
investigação foi estimar os custos evitados, que apenas nos meses de abril e
maio de 2020 permitiram a entrega de 2.249 medicamentos de farmácia hospitalar
dispensados em farmácia comunitária, com uma média de 57,7 entregas diárias.
Neste cálculo foram considerados os dados do Hospital Universitário Marqués de
Valdecilla e das 262 farmácias participantes de Cantábria e concluiu-se que com
este programa os utentes evitaram 93.305 km em deslocações ao hospital,
associados a uma economia média de tempo de 1.374 horas.

A iniciativa, que contou com o apoio do Fórum Espanhol de Doentes,
também foi avaliada do ponto de vista dos utilizadores do serviço. Um recente
inquérito realizado pelo Colégio Oficial de Farmacêuticos de Cantábria revela o
elevado grau de satisfação demonstrado pelos utentes que participaram na
iniciativa. Mais de 70% dos inquiridos consideraram a acessibilidade, horários
e tempos de espera nas farmácias comunitárias atribuídas adequados ou muito
adequados e classificam o seu nível geral de satisfação com o atendimento
recebido com uma pontuação média de 7,7 em 10. Já 69,3% de os entrevistados
gostariam de continuar a ter acesso aos seus medicamentos hospitalares na
farmácia comunitária.

 

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