A Associação Europeia de Farmacêuticos Hospitalares (EAHP) divulgou os resultados do Estudo sobre a Escassez de Medicamentos em 2019, que reuniu, pela primeira vez, doentes, médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde. A falta de medicamentos continua em crescimento no espaço europeu, com repercussões na adesão à terapêutica, em escolhas com eficácia inferior no atendimento aos doentes.
O trabalho agora divulgado tem por base um conjunto de inquéritos realizados entre novembro e janeiro. Para os farmacêuticos hospitalares, a escassez global de substâncias ativas, bem como os problemas da cadeia de produção e abastecimento são os principais motivos para a falta de medicamentos. Os médicos também apontam os problemas de abastecimento como fator determinante, ao qual se junta a exportação paralela.
Os doentes, por sua vez, enfatizaram a sua insatisfação com a forma como o problema tem vindo a ser enfrentado, com falta de informação sobre os motivos para não receberem os tratamentos prescritos.
Neste contexto, os participantes neste estudo apontam a melhoria da comunicação, a monitorização e adoção de procedimentos de compras mais prudentes como medidas para reduzir o impacto deste fenómeno.