Os Centros Hospitalares Universitários de Lisboa Central (CHULC) e de São João (CHUSJ) entregaram mais de 36 mil medicamentos hospitalares em regime de proximidade, ao abrigo do protocolo celebrado com a Associação de Distribuidores Farmacêuticos (Adifa), que permite a dispensa de medicação exclusiva hospitalar em farmácias comunitárias. Estas entregas tiveram como destinatários mais de 12 mil utentes, em diferentes pontos do país, num serviço prestado sob os mais rigorosos requisitos, definidos pelas Boas Práticas de Distribuição, com elevada comodidade e satisfação para as populações abrangidas.
De acordo com a informação disponibilizada pela Adifa, os medicamentos entregues em todo o território nacional, desde o início do presente ano, incluem mais de 7.000 produtos de cadeia de frio.
O regime excecional de entrega e dispensa de medicamentos hospitalares em proximidade, ao domicílio ou através das farmácias comunitárias, teve início durante a primeira vaga da pandemia de COVID-19, logo no primeiro trimestre de 2020.
Vários hospitais desenvolveram procedimentos para evitar as deslocações dos seus utentes para levantamento da medicação. A Ordem dos Farmacêuticos e a Ordem dos Médicos apoiaram a implementação da “Operação Luz Verde”, no âmbito da qual foram realizadas quase 100 mil dispensas a cerca de 17 mil utentes em mais de 2.400 farmácias comunitárias.
Os estudos desenvolvidos para avaliação dos resultados desta iniciativa evidenciaram um elevado grau de satisfação dos utentes com o procedimento adotado, mas também uma melhoria dos níveis de adesão à terapêutica e o desejo da sua manutenção no período pós-pandemia.
Desde o início do mandato como bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, no início do corrente ano, Helder Mota Filipe tem vindo também a insistir com o Ministério da Saúde para a concretização de uma solução definitiva e robusta que garanta a entrega de medicamentos de dispensa exclusiva nos locais de preferência dos seus destinatários – ao domicílio, nas farmácias de proximidade, lares ou centros de saúde.
A OF recorda que o modelo contribui para aliviar a carga sobre os serviços de saúde e sobre as farmácias hospitalares, em particular, garantindo a segurança e qualidade na dispensa de medicamentos à população, em especial junto de doentes crónicos estáveis, com terapêutica estabelecida.