O evento resulta de uma organização conjunta da International Society of Drug Delivery Sciences and Technology (APGI), International Association for Pharmaceutical Technology (APV) e Italian Society of Pharmaceutical Technology and Legislation and Related Disciplines (SITLEF).
Na sua intervenção, o bastonário realçou a importância da realização desta conferência no nosso país, possibilitando um espaço para discussão e colaboração entre a academia, investigadores e indústria.
O representante dos farmacêuticos portugueses destacou a evolução histórica da intervenção dos farmacêuticos, em especial na Farmácia Comunitária, hoje muito mais focada nos cuidados aos utentes do que na manipulação de medicamentos.
“Atualmente, o setor enfrenta o desafio de desenvolver soluções terapêuticas personalizadas, impulsionado pela Medicina Personalizada, o que requer a atualização contínua dos profissionais. A especialização é essencial para inovação, qualidade e segurança dos medicamentos”, considera o bastonário.
A Europa continua a ser um polo de inovação, mas enfrenta a competição de países como China e EUA, especialmente nas áreas da biotecnologia e terapias avançadas, devido a um ambiente regulatório mais complexo e menor investimento e I&D.
A transição digital na saúde, com a criação do Espaço Europeu de Dados de Saúde, foi também enfatizada como uma ferramenta essencial para melhorar o acesso a cuidados personalizados e impulsionar a inovação. “Tecnologias emergentes, como formulações farmacêuticas inovadoras, nanotecnologia, impressão 3D de medicamentos e inteligência artificial, estão a transformar o setor, oferecendo tratamentos mais eficazes, seguros e acessíveis”, realçou o bastonário.
Helder Mota Filipe destacou ainda a relevância da região norte do país e a cidade do Porto como um centro dinâmico da indústria farmacêutica portuguesa, com centros de investigação, empresas inovadoras e um ambiente favorável ao desenvolvimento tecnológico.