Equipa de investigadores do Centro Champalimaud, em Lisboa, quantificou a relação entre aquilo que é considerado como ser um “bom garfo” e o índice de massa corporal.
Chamam-lhe fome hedónica e é definida como “a vontade de comer por prazer e não para ganhar energia”. Um estudo publicado esta quarta-feira na revista Scientific Reports, do grupo da Nature, por cientistas do Centro Champalimaud, em Lisboa, confirmou a relação entre o prazer de comer e um maior risco de obesidade, mas concluiu que a tal fome hedónica “não conta a história toda” sobre ser (ou não) gordo. Segundo os cálculos que apresentam no artigo científico, o prazer por comer explica apenas menos de 10% da variabilidade do Índice de Massa Corporal (IMC).
Para quem não sabe, há uma escala para avaliar a vontade de comer por prazer. É conhecida como Power Food Scale (PFS) e é usada em estudos científicos, permitindo atribuir a cada pessoa um valor sobre a fome hedónica que vai de 1 (mínimo) a 5 (máximo) através de um questionário. A equipa de investigadores do Centro Champalimaud, liderada pelo psiquiatra e neurocientista Albino Oliveira Maia, usou esta escala para confirmar e quantificar a relação entre a fome hedónica e o IMC e, consequentemente, a ligação com a obesidade. “Tanto quanto sabemos, este é o primeiro estudo que caracteriza e quantifica as associações entre a PFS e o IMC”, adianta Albino Oliveira Maia.
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Fonte: Público