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Bastonários assinam petição em defesa da rede farmácias e acesso ao medicamento – Notícias


A bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, e o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães, visitaram esta sexta-feira a Farmácia Vitoria, no Porto, onde assinaram a Petição Pública “Salvar as Farmácias, Cumprir o SNS”, na qual se propõe um programa legislativo dirigido ao setor farmacêutico, com o objetivo de garantir sobrevivência da rede de farmácias e um acesso equitativo de todos os cidadãos aos medicamentos.

Os dirigentes das duas Ordens profissionais subscrevem assim
as preocupações dos promotores desta iniciativa, que alertam para as
dificuldades sentidas pela rede de farmácias e para os problemas relacionados
com as falhas de abastecimento de medicamentos.

Durante esta visita a uma farmácia situada na zona da Campanhã,
Miguel Guimarães e Ana Paula Martins ficaram a par das principais preocupações sentidas
por estas unidades, tanto nos grandes centros urbanos como nas regiões do
interior, onde, em ambos os casos, o apoio e acompanhamento das populações mais
envelhecidas e isoladas assume especial relevância.

Dados da Associação Nacional das Farmácias (ANF) apontam
para a existência de 679 as farmácias em risco de sobrevivência, com processos
de penhora e insolvência, o que representa quase 25% de uma rede com mais de
2.900 farmácias. Portalegre, Guarda, Santarém e Setúbal são os distritos onde
30% ou mais das farmácias estão em risco, mas o problema é transversal a todos
os distritos.

Por outro lado, foram reportadas 64 milhões de embalagens de
medicamentos em falta nas farmácias só no ano passado, o que, segundo as
duas Ordens, tem um impacto muito negativo no acesso dos cidadãos aos
medicamentos, ficando condicionada a possibilidade dos doentes cumprirem os
tratamentos prescritos pelos médicos.

O Infarmed anunciou também que vai intensificar as ações de
inspeção para detetar eventuais falhas de medicamentos, depois de no ano
passado ter realizado quase 400 inspeções a farmácias e distribuidores.

Em
comunicado, a autoridade reguladora revela que nas inspeções realizadas em 2018
foram identificadas algumas “questões relacionadas com faltas de medicamentos”,
mas “nenhuma situação que justificasse uma intervenção”. Ainda assim, foi agora
decidido avançar com “um programa inspetivo” para averiguar “práticas relativas
às obrigações dos vários intervenientes” no circuito do medicamento.

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