Bastonário na apresentação do Stada Health Report – Notícias


O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Helder Mota Filipe, participou na sessão de apresentação dos resultados do Stada Health Report 2024 Portugal, integrando um painel de debate e comentários juntamente com o bastonário da Ordem dos Médicos, o representante do bastonário da Ordem dos Enfermeiros e a presidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (Apogen), Maria do Carmo Neves.

O Stada Health Report é um estudo anual, realizado online, representativo, que envolve 23 países, 46 mil 000 inquiridos, entre os 18 e os 99 anos, que, em Portugal, regista uma amostra de 2 mil pessoas.

Este trabalho tem como principais objetivos conhecer a perceção da população sobre a saúde em geral, fomentar o debate entre os principais stakeholders da área da saúde, de forma a procurar a melhor resposta às necessidades da população.

De acordo com os resultados apresentados, a percentagem de satisfação com o sistema público de saúde caiu, pelo terceiro ano consecutivo, de 53% em 2023, para 49% em 2024. Com esta quebra, Portugal ocupa a 14.ª posição, abaixo da média europeia (56%). Bélgica é o país com maior índice de satisfação (85%), seguido da Suíça (81%) e Holanda (77%).

A insatisfação é motivada principalmente pela dificuldade de atendimento, qualidade dos cuidados e desconfiança sobre o sistema público de saúde: 46% assume dificuldade em conseguir uma consulta, 55% recebeu ou conhece alguém que recebeu cuidados de saúde inadequados, 43% não confiam nos decisores políticos na área da saúde.

Como fatores de melhoria do sistema nacional de saúde, os inquiridos destacam a valorização e experiência dos profissionais e decisores políticos, bem como, uma menor dependência da importação de medicamentos.

Apesar da insatisfação, a confiança na medicina convencional está a aumentar (32%), comparativamente a 2022 (27%). Apesar disso, Portugal ocupa a 17ª posição neste índice, abaixo da média europeia (69%). Apenas 43% dos inquiridos confia que o médico e o farmacêutico sabem o que é melhor para si e 46% gostaria de uma abordagem mais holística, tendo em consideração a saúde física e mental.

No cuidado pessoal, os resultados dos inquiridos portugueses são surpreendentes: mais de metade dos inquiridos afirma fazer exercício físico em casa, no exterior ou no ginásio, 42% tem uma dieta saudável e apenas 11% faz pouco ou nada pelo seu bem-estar.

No geral, 62% dos portugueses são felizes, contudo, os dados do estudo demonstram um índice elevado de solidão. A média europeia de incidência de solidão é de 52%, sendo a Polónia o país com maior índice (61%). Portugal ocupa a 16ª posição, dos 23 países envolvidos no estudo, com 49%. A geração mais nova (18 a 34 anos) aparenta ser a mais feliz, mas com um maior sentimento de solidão. O principal motivo apresentado para a solidão é a escassez de tempo para atividades sociais, devido ao excessivo tempo de trabalho.

No que toca a Inteligência Artificial, Portugal destaca-se na primeira posição, quando questionado sobre a sua compreensão e impacto positivo para a sociedade. Contudo, as principais preocupações manifestadas foram as possíveis más práticas de utilização ou a perda de emprego, pela substituição das pessoas pela tecnologia. As mulheres portuguesas são quem apresenta a maior preocupação, face à utilização de IA na saúde. 52% dos inquiridos em Portugal acredita que no prazo de 10 anos, os robots serão parte integrante de procedimentos médicos, sendo que 53% dos homens acredita que vamos utilizar IA para diagnosticar quase todas as doenças.

Os portugueses são ainda os mais ativos na pesquisa no google, sobre informação de saúde (69% vs 62% global) e ocupam a 8ª posição no tempo passado nas redes sociais (25% afirma passar muito tempo), acima da média europeia (24%). As mulheres lideram face aos homens, no tempo passado nas redes sociais.

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