Bastonária contactou com colegas da Região Autónoma da Madeira – Notícias


A Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Ana Paula Martins, visitou a Região Autónoma da Madeira de 15 a 17 de julho, em mais uma etapa dos Roteiros Farmacêuticos com que, desde que iniciou o mandato, em fevereiro, pretende conhecer o país, o empreendedorismo dos farmacêuticos, as dificuldades e desafios que enfrentam, assim como sublinhar as boas práticas e ajudar a encontrar soluções para os problemas que afetam a profissão nas suas diversas vertentes ou especialidades.

A Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Ana Paula Martins, visitou a Região Autónoma da Madeira de 15 a 17 de julho, em mais uma etapa dos Roteiros Farmacêuticos com que, desde que iniciou o mandato, em fevereiro, pretende conhecer o país, o empreendedorismo dos farmacêuticos, as dificuldades e desafios que enfrentam, assim como sublinhar as boas práticas e ajudar a encontrar soluções para os problemas que afetam a profissão nas suas diversas vertentes ou especialidades. O hospital, a universidade, uma empresa de distribuição farmacêutica e várias farmácias da região receberam a comitiva da OF durante este período.

No primeiro dia, em visita ao Hospital Dr. Nélio Mendonça, a comitiva da OF foi recebida pela presidente do Conselho de Administração do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM), Maria João Monte, que é, por inerência, dirigente do hospital, e pelo vogal Herberto Teixeira de Jesus. A situação da saúde na Madeira esteve no centro das atenções, tendo a dirigente da OF oferecido a sua disponibilidade para ajudar a região no que seja necessário e útil. Da parte da visitante, foram relevados os temas das novas e mais caras terapêuticas e da necessidade do restabelecimento da carreira para os farmacêuticos hospitalares, reivindicação antiga e urgente.

Este tema seria retomado na sessão de trabalho que teve lugar nos serviços farmacêuticos do Hospital Dr. Nélio Mendonça, na presença da diretora do núcleo, a farmacêutica Helena Jardim. Esta dirigente descreveu, de igual modo, a experiência, entretanto abortada, de distribuição de medicamentos em unidose à população e mostrou-se ainda preocupada com aspetos da formação pós-graduada, em particular com falhas na contagem do tempo de serviço para trabalhadores em regime de prestação de serviços, no que obteve a solidariedade da bastonária da OF.

Na Universidade da Madeira, a bastonária foi recebida pelo coordenador científico, João Rodrigues, e pela farmacêutica da área da investigação, Helena Araújo. A comitiva da OF visitou as instalações do Centro de Química da Madeira, inteirando-se da significativa produção científica que já ali se regista e oferecendo-se para, no contexto continental, contribuir para lançar pontes que ajudem a atividade universitária da região, nomeadamente no campo das bolsas de investigação na área da Saúde.

Na Farmadeira, a bastonária inteirou-se das especificidades e dificuldades na distribuição de medicamentos que lhe foram transmitidas pelos seus gestores, entre os quais se encontra a farmacêutica Albertina Freitas. Após a reunião, a comitiva da OF visitou, nas Eiras, periferia do Funchal, as futuras instalações da empresa, cuja propriedade é exclusivamente de farmacêuticos.

No segundo dia, já com a presidente da Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas, Ema Paulino, a integrar a comitiva, a bastonária deu posse formal ao presidente da delegação da Madeira da OF, Bruno Olim Ferreira, e reuniu-se com o secretário regional da Saúde, João Faria Nunes, com quem passou em revista os aspetos mais preocupantes do sistema de saúde madeirense, nomeadamente a necessidade de substituição do atual hospital, os crescentes custos da inovação terapêutica que afetam a sustentabilidade do serviço público ou a urgência no estabelecimento, à imagem do que já ocorre no continente, de uma via verde para medicamentos, de modo a garantir aos doentes o fornecimento continuado de terapêuticas prioritárias. A bastonária recordou ao secretário regional a situação de não reconhecimento do tempo de serviço que os farmacêuticos hospitalares lhe descreveram no dia anterior, tendo recebido da parte do governante madeirense garantias de que tudo seria feito para melhorar os procedimentos.

A tomada de posse foi pretexto para conversações sobre a situação dos profissionais de farmácia, que exercem a sua atividade no hospital, no SESARAM em geral ou nas farmácias comunitárias. Entre as personalidades ouvidas esteve Teófilo Cunha, farmacêutico e actual presidente da Câmara de Santana.

De seguida, visitaram a Farmácia Luso-Britânica, uma das mais antigas do Funchal, fundada em 1877. Com a sua diretora técnica, a farmacêutica Maria Teresa Champalimaud Ribeiro Afonso e o filho, também farmacêutico, abordaram-se, entre outros, os temas da comparticipação de medicamentos, da ética profissional no atendimento dos cidadãos, da distribuição no contexto do arquipélago, da segurança e do uso racional dos fármacos.

Houve ainda oportunidade para jantar com farmacêuticos que exercem a sua profissão na Região Autónoma.

O último dia dos roteiros foi dedicado a duas farmácias comunitárias: a Solanja, em Santana, costa norte da ilha da Madeira, e a Funchal, situada na baixa da capital madeirense.

No primeiro caso, trata-se de um exemplo de farmácia do interior, situado num concelho com cerca de cinco mil habitantes, servido por três farmácias, tantas quantas as freguesias de Santana. A sua diretora técnica, Solanja Vasconcelos, descreveu a realidade que um serviço com as características descritas enfrenta e a dedicação que é necessária para manter a porta aberta em horário alargado, sábados, domingos e feriados. Enquanto decorria uma visita guiada aos espaços atrás do balcão, a farmacêutica madeirense deteve-se nas dificuldades de aceitação dos genéricos, na pressão exercida pelos cidadãos emigrantes que vivem em destinos com escassez de medicamentos e na necessidade de reforçar a formação dos profissionais, nomeadamente facilitando a realização de estágios em geografias menos atrativas.

A farmácia Funchal, por seu turno, dirigida pela farmacêutica Carolina Ribeiro, revela-se como um espaço moderno, exemplo da geração de farmácias que nasce depois das alterações à lei da propriedade de 2007. Está instalada num centro comercial, com grande movimento a qualquer hora do dia até às 24 horas, quer de autóctones, quer de turistas. Em diálogo com a direcção técnica, a bastonária inteirou-se da atividade desta que é uma das maiores farmácias da região em volume de negócios.

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