Autoridades e associações setoriais definem procedimentos para doação de medicamentos à Ucrânia – Notícias


A situação dramática que se vive na Ucrânia não deixa ninguém indiferente e desencadeia um desejo natural de ajuda às populações afetadas. Os farmacêuticos portugueses e as várias estruturas e organizações ligadas ao setor farmacêutico nacional (ANF, AFP, Apifarma, Adifa, Apormed, Apogen e Dignitude) estão a colaborar no sentido de responder, de forma coordenada, às dificuldades que a população ucraniana enfrenta atualmente no acesso aos medicamentos e/ou dispositivos médicos.

A onda de solidariedade no setor farmacêutico nacional levou já ao envio de várias toneladas de medicamentos e outros produtos de saúde para a Ucrânia, a grande maioria dos quais doados pela indústria farmacêutica em Portugal, e que foram transportados para as zonas de conflito através de corredores segurança e da ação da Proteção Civil da União Europeia.

A disponibilização de medicamentos às populações deve obedecer a condições que garantam a sua qualidade, pelo que a sua distribuição deve ocorrer através dos canais adequados.

A Ordem dos Farmacêuticos, as autoridades e operadores do circuito do medicamento têm vindo a estabelecer procedimentos para doação destes produtos às populações das zonas afetadas pelo conflito. Assim, sempre que voltarem a ser reportadas necessidades pelas autoridades ucranianas ou instâncias europeias, os farmacêuticos comunitários disponibilizam aos utentes uma lista de medicamentos e produtos de saúde para que possam ser doados através das farmácias aderentes, garantindo assim que os produtos necessários chegam às populações através dos corredores humanitários estabelecidos.

Os farmacêuticos portugueses estarão disponíveis para esclarecer os cidadãos sobre os produtos que forem incluídos nesta lista oficial de necessidades reportadas pelas autoridades, bem como sobre as formas de doação para posterior envio para as zonas de conflito.

Sublinhamos que, nesta fase, o setor farmacêutico aguarda nova indicação sobre as principais carências de medicamentos e outros produtos de saúde para ativar o referido mecanismo de apoio solidário com o povo ucraniano.

Esta iniciativa será constantemente articulada com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Infarmed e a Direção-Geral da Saúde, entidades responsáveis pelo planeamento da resposta, na área da saúde à crise humanitária na Ucrânia.

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