A AF Association, uma organização internacional que se dedica à consciencialização para a fibrilhação atrial, uma das perturbações cardíacas mais frequentemente detetada pelos médicos, publicou um relatório com 38 artigos sobre trabalhos desenvolvidos nesta área por profissionais de saúde de diferentes países. Entre eles, está a experiência-piloto realizada em Portugal para deteção precoce da doença por farmacêuticos em diferentes serviços de saúde: na farmácia, no hospital e numa residência de idosos.
O trabalho desenvolvido pela farmacêutica Sara Cunha nestas unidades permitiu a deteção de 11 casos de fibrilhação artrial, num universo de 147 indivíduos rastreados. A taxa de deteção da doença foi superior no hospital (32%), seguido da residência de idosos (13%) e de 1% nas farmácias.
Os autores deste trabalho consideram que a grande vantagem da intervenção em farmácia comunitária esteve na abordagem a indivíduos que nunca tinham ouvido falar sobre a fibrilhação atrial, contributo assim para uma maior consciencialização sobre este problema de saúde.
O documento publicado pela AF Association integra também um outro artigo desenvolvido no âmbito do projeto multicêntrico da International Pharmacists for Anticoagulation Care Taskforce (iPACT), em que participaram dez países, sendo a maior contribuição proveniente das farmácias portuguesas.
