A Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH) defende “o desbloqueio rápido da regulamentação do internato para farmacêuticos hospitalares e abertura de vagas”, como única via para “suprir a falta de pessoal qualificado que a este nível são sentidas no Serviço Nacional Saúde (SNS)”. A associação corrobora, deste modo, as recentes declarações da bastonária da Ordem dos Farmacêuticos sobre a escassez de recursos humanos nas farmácias hospitalares.
Em comunicado, a APFH recorda o prazo, já ultrapassado, para
regulamentação da Carreira Farmacêutica no SNS, lembrando que “continua por
aprovar o diploma que institui o internato ou formação especializada dos
farmacêuticos”.
A associação denuncia casos de farmacêuticos hospitalares em
sobrecarga de trabalho e de não renovações de contratos com pessoal dos
quadros, situações que se arrastam há vários anos. “Não é apenas a falta de
farmacêuticos hospitalares que pode colocar em risco a segurança dos doentes,
mas também de outros profissionais de saúde que são parte integrante do
circuito do medicamento hospitalar”, pode ler-se no comunicado.
“A não contratação destes profissionais qualificados,
farmacêuticos hospitalares, coloca em risco desnecessário a qualidade da
assistência farmacêutica nos nossos hospitais e outras unidades do SNS”, acrescenta.
A nota
assinada pela nova presidente da APFH, Carla Mendes Campos, em nome de toda a
direção, termina com um apelo a um tratamento idêntico entre profissionais de
saúde qualificados. “Sem distinção ou discriminação. Só deste modo, ganham as
instituições, os cidadãos que precisam de cuidados, o SNS e o nosso País”,
conclui.