Em entrevista ao semanário NOVO, publicada no passado sábado, sobre as atuais ruturas pontuais de medicamentos nas farmácias comunitárias, a Associação de Farmácias de Portugal lembrou que “Portugal é um dos países da União Europeia onde os preços dos medicamentos são mais baixos, o que também contribui para as situações de rutura de fármacos no nosso país”. Neste sentido, a AFP defende que é “essencial a revisão do preço dos medicamentos em linha com a inflação, incentivando a comercialização de alguns medicamentos que foram alvo de sucessivas reduções de preços e garantindo o normal abastecimento e o acesso por parte dos utentes. Também os medicamentos inovadores, normalmente mais caros, são ainda assim mais baratos do que na maioria dos restantes países da União Europeia, o que pode conduzir a que o nosso mercado não seja tão atrativo”.
Por outro lado, a AFP defende a alteração das políticas de saúde no que respeita à sua comparticipação. “Garantindo a, equidade no acesso ao medicamento por parte de todos os utentes, a AFP considera mesmo que para alguns medicamentos poderão existir diferentes escalões de comparticipação em função da patologia a que se destinam”, refere a este propósito a associação.