Um estudo realizado pela Sociedade Portuguesa de Farmacêuticos dos Cuidados de Saúde (SPFCS) sobre o ensino pré-graduado das ciências farmacêuticas em Portugal revelou lacunas na formação pré-graduada de farmacêuticos e levantou questões quanto à adequação dos currículos às normas europeias e nacionais.
Partindo da Diretiva 2005/36/CE, que estabelece o sistema de reconhecimento das qualificações profissionais nos Estados-Membros da UE, o estudo analisou três faculdades de Farmácia públicas (Universidade de Coimbra, Universidade de Lisboa e Universidade do Porto) e identificou uma subvalorização de áreas centrais como farmacologia, farmacoterapia, tecnologia farmacêutica, farmácia clínica e avaliação de tecnologias de saúde, com excesso de carga em conteúdos menos relevantes. O estágio curricular e o ensino clínico pré-graduado também foram considerados insuficientes.
O Estudo da SPFCS recomenda o reforço do ensino das disciplinas essenciais, integração de novas áreas (como farmacoeconomia, regulação do medicamento e a abordagem “One Health”), modernização de conteúdos de legislação e deontologia, e reorganização de unidades propedêuticas nos primeiros semestres. Para algumas disciplinas tradicionais, como bromatologia, hidrologia e matemática pura, sugere-se serem opcionais ou reduzidas.
Saiba mais na página da SPFCS.