O presidente do Conselho de Administração expressou o objetivo de aumentar número de farmacêuticos e farmacêuticos residentes na instituição, nomeadamente no Serviço de Patologia Clínica.
Os administradores e o diretor do Serviço de Gestão de Farmácia, João Paulo Cruz, descreveram os últimos investimentos realizados na modernização do serviço, como a nova ferramenta operacional de rastreabilidade e acompanhamento da prescrição médica, até à entrega ao doente, os novos recursos para preparações oftalmológicas, automação da dose unitária em todos os serviços e unidades da ULS-SM, incluindo nos cuidados de saúde primários
Uma das preocupações dos responsáveis da ULS-SM diz respeito ao elevado consumo de medicamentos e encargos com a inovação terapêutica, que já ultrapassaram a despesa anual da instituição com os seus recursos humanos.
Neste âmbito o bastonário, realçou a intervenção dos farmacêuticos na otimização das terapêuticas administradas, que, mantendo os resultados obtidos, proporcionam importantes poupanças e ganhos de eficiência, facto confirmado pelo Conselho de Administração que adiantou o valor 6,3 milhões poupados apenas no primeiro semestre deste ano como resultado da utilização criteriosa de biossimilares.
Helder Mota Filipe agradeceu, de forma particular, a atenção que a instituição tem dado aos farmacêuticos residentes, pelo caráter estrutural deste novo programa formativo que permite a especialização dos farmacêuticos nas instituições do SNS. “A ULS-SM é um exemplo que deve ser a residência farmacêutica”, destacou o bastonário.
O bastonário visitou ainda a farmacêutica especialista e o farmacêutico residente do Serviço de Patologia Clínica da ULS-SM.
No contacto que manteve ao logo das visitas aos Serviços Farmacêuticos e ao Serviço de Patologia Clínica, o responsável da OF foi referindo a importância dos colegas estarem recetivos a esta nova realidade e revolução nas terapêuticas, que obriga a uma maior flexibilidade e atualização constante.
Para o bastonário, é fundamental que os farmacêuticos tenham acesso e capacidade para recolha de dados sobre a utilização de medicamentos, em particular nas áreas dos ensaios clínicos e da utilização de medicamentos altamente inovadores e de elevado custo, possibilitando a avaliação e pagamento em função dos seus resultados.
O dirigente da OF referiu-se ainda às escusas de responsabilidade apesentadas o ano passado por alguns farmacêuticos da instituição, devido à escassez de recursos técnicos e humanos, que condicionam a sua atividade e a segurança dos cuidados prestados em ambiente hospitalar, algumas das quais estão hoje ultrapassadas.
Não obstante, o representante dos farmacêuticos evidenciou as condições precárias em que estes colegas exercem a sua atividade profissional no SNS, dando como exemplo a grelha salarial que não é revista 1999.