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Mais escusas de responsabilidade de farmacêuticos hospitalares – Notícias


Os farmacêuticos hospitalares das Unidade Local de Saúde (ULS) do Tâmega e Sousa e apresentaram declarações de escusa de responsabilidade por considerarem que não estão reunidas as condições necessárias para garantir a segurança dos cuidados farmacêuticos prestados aos utentes da ULS. Alertam para a insuficiência de recursos humanos e materiais, tendo em conta o número crescente de atividades que vêm desenvolvendo nos Serviços Farmacêuticos.

Os farmacêuticos hospitalares portugueses continuam a denunciar a falta de condições para o exercício da sua atividade nas unidades do SNS.Em carta enviada ao Conselho de Administração da ULS do Tâmega e Sousa, que foi também remetida à Ordem dos Farmacêuticos (OF), a equipa de 13 farmacêuticos, incluindo a direção técnica e um farmacêutico residente dos Serviços Farmacêuticos hospitalares denunciam o “desinvestimento crónico” que se tem verificado na esfera de atividade da farmácia hospitalar ao longo dos últimos anos.

O bastonário da OF já solicitou uma reunião com carater de urgência ao conselho de administração da ULS do Tâmega e Sousa. “A situação relatada por todos os farmacêuticos dos Serviços Farmacêuticos da ULS do Tâmega e Sousa é motivo de preocupação por parte da parte da OF, na medida em que poderão estar a comprometer a qualidade e a segurança dos serviços farmacêuticos prestados aos utentes”, sublinha o representante dos farmacêuticos no ofício remetido ao conselho de administração, dando também nota da partilha desta informação com a autoridade nacional do medicamento, para eventual avaliação de irregularidades e falhas de segurança

De acordo com os farmacêuticos da ULS do Tâmega e Sousa, “a carência de farmacêuticos é uma realidade de há já muito tempo e rotineiramente assumida, não obstante o aumento do volume de trabalho. As condições de trabalho estão próximas do limite de segurança e a execução do ato farmacêutico, em pleno, está comprometida”.

Realçam, de forma particular, o aumento da atividade assistencial, como resultado da criação de novas especialidades médicas na instituição e da transformação do centro hospitalar em unidade local de saúde, abrangendo também afora os cuidados de saúde primários.

“O volume de trabalho que daí adveio para a adaptação e o aprovisionamento das unidades de cuidados de saúde primários, bastantes dispersas geograficamente tornou a nossa situação já de si crítica a insustentável, comprometendo o nosso desempenho”, alertam os signatários.

Referem ainda as duas novas áreas de produção para a atividade assistencial de oncologia e de hematologia, sem que tenha sido autorizada a contratação de novos recursos. “O ritmo crescente de atividade e aumento da complexidade tem requerido mais tempo dedicado dos elementos desta equipa, quer em termos de gestão, produção e ambulatório”, acrescentam.

A entrega destas declarações de exclusão de responsabilidade por toda a equipa dos Serviços Farmacêuticos da ULS do Tâmega e Sousa, eleva para 233 o número de farmacêuticos que já apresentou escusas responsabilidade aos respetivos conselhos de administração.

Ao todo, abrangem 18 unidades de saúde, 17 do Serviço Nacional de Saúde e uma do Serviço Regional de Saúde dos Açores.

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